sexta-feira, 22 de junho de 2012

Excesso de lesões no UFC gera discussão entre lutadores


Já virou rotina no UFC: lutas são anunciadas, geram expectativa e vendem ingressos. Mas então um dos lutadores se contunde e o card fica desfalcado, com poucos atrativos para os torcedores. Isso tem se repetido com frequência e preocupado os lutadores, que começaram a discutir as razões desse problema. Wanderlei Silva e Maurício Shogun discordaram sobre o assunto.

Wanderlei é "vítima" direta desse problema. Ele ia lutar no UFC 147, neste sábado, contra Vitor Belfort, em uma revanche muito aguarda - os dois lutaram em 1998, Belfort venceu e, desde então, muitas provocações aconteceram. Mas uma lesão causou a desistência de Vitor e a decepção do público, já que o americano Rich Franklin foi escalado em seu lugar.

Apesar desse problema, Wanderlei considerou normal o excesso de lesões que tem atrapalhado o UFC. "O nosso treino é muito duro. A gente vai no extremo e é muito cobrado para lutar em alto nível. O MMA é um dos esportes mais difíceis do mundo. Desgasta muito e por isso os acidentes acontecem", explicou ele, sem deixar de dar uma indireta para Belfort, indicando que seu rival deveria ter se cuidado melhor.

"Quando vejo que posso me lesionar, que não estou bem, eu pego leve, dou uma parada. O atleta tem que se conhecer e tentar evitar lesões", aconselhou Silva, que ouviu Fabrício Werdum defender Belfort na entrevista coletiva desta quinta-feira: "as lesões vão estar sempre com nós (sic). Com certeza o Vitor não quis quebrar a mão, mas pode acontecer com qualquer um", analisou.

Beneficiado pela desistência de Vitor Belfort, já que pôde enfrentar um rival de alto nível e assim somar pontos em busca do cinturão, Rich Franklin defendeu o UFC de qualquer culpa nessas lesões: "cada um faz seu treino de um jeito. O UFC não tem como ter controle sobre o treino de cada um. É difícil", lamentou o americano.

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