Familiares de uma brasileira afirmam que ela está sendo usada pelo suspeito de manter dezenas de reféns em um café em Sidney, na Austrália, desde as 21h (horário de Brasília) de domingo (14), 10h de segunda-feira (15). Márcia Mikhael é gerente de projetos em um banco australiano e personal trainer e mora na Austrália há mais de 20 anos.
Em uma mensagem postada por Marcia Mikhael, nascida em Goiás e naturalizada australiana, o sequestrador pede uma bandeira do Estado Islâmico e diz que quer se comunicar com o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott.
Cinco pessoas já conseguiram sair do café Lindt Chocolat, em Martin Place. Segundo Ricardo Khouri, primo de Marcia, contou ao Correio Braziliense, a brasileira enviou uma mensagem via SMS ao marido, por volta das 11h40 de hoje (1h40 em Brasília). "Socorro. Eu não quero morrer", escreveu.
Uma bandeira com a frase em árabe "Não há outro Deus que Alá, Maomé é o mensageiro de Alá" foi estendida em uma janela do café. A mantém contato com o sequestrador para negociar a libertação dos reféns.
Imagens transmitidas pelas emissoras de televisão mostraram, quase uma hora depois de três homens terem deixado o café, duas mulheres saírem correndo do local. No entanto, não se sabe se os cinco reféns escaparam ou se foram libertados pelo sequestrador.
Também não existem dados concretos sobre o número de pessoas que permanecem no interior do café, mas a polícia australiana estima que seja inferior a 30.“Eu posso confirmar que temos um criminoso armado nas instalações, que detém um número indeterminado de reféns na cidade, na região de Martin Place”, disse o comissário da polícia de Nova Gales do Sul, Andrew Scipione, em entrevista coletiva. Ele também informou que nenhum contato foi estabelecido com o sequestrador.
Martin Place, no centro do distrito financeiro, foi evacuada, com dezenas de agentes cercando o Lindt Chocolate Cafe, onde uma bandeira preta com inscrições em árabe foi exibida da janela pelos supostos reféns, segundo imagens das televisões. A mensagem diz: “Não existe outro Deus senão Alá, e Maomé é o seu profeta”.
O comissário da polícia afirmou, porém, que as autoridades ainda não confirmaram se o incidente está relacionado ao terrorismo. “Estamos lidando com uma situação de reféns, com um criminoso armado”, disse. “Nós queremos resolver o caso pacificamente e faremos tudo o que for preciso para garantir isso”.
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