Segundo a polícia, o crime foi praticado por Leandro Maciel dos Santos. Leandro e Simone namoravam há 3 anos e moravam juntos na Chácara Ramos, no Pau Miúdo, em um prédio de três andares onde só vivem famílias. A relação era conturbada pelos ciúmes de Leandro e os dois tinham muitas brigas. Há dois meses, chegaram a acabar tudo e Leandro saiu de casa, mas voltou cerca de um mês depois.
Ontem à noite, os dois voltaram a brigar e no meio da discussão Leandro esfaqueou Simone. Depois do crime, ele mesmo ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi até o bar de um vizinho perto de casa e contou o que havia feito. Ele entregou ao vizinho as chaves da casa e do carro e pediu que ele socorresse a mulher porque ele havia "feito uma besteira". O vizinho contou que ele estava "agitado, muito agitado. Com os olhos um pouco vermelho e muito nervoso. Repetia toda hora que fez uma besteira, me entregou as chaves e foi embora". Leandro fugiu de moto e ainda é procurado.
Antes, Leandro ainda chegou a dizer para o porteiro do prédio que fez uma "besteira" e também que a namorada o havia traído. O vizinho dono do bar foi até a casa e já encontrou Simone caída no chão. Logo depois, o Samu chegou e prestou os primeiros socorros, levando a vítima para o hospital, onde ela morreu pouco depois. Alguns vizinhos acreditam que o crime pode ter sido premeditado porque ele costumava deixar a moto e o carro na garagem e ontem deixou a moto estacionada do lado de fora.
O sepultamento foi na Quinta dos Lázaros. Durante o enterro, Leandro fez ligações para a família da vítima usando um dos celulares de Simone - ele levou os dois aparelhos dela, além de cartões de crédito. A família da vítima estava revoltada. Simone era a mais velha de três irmãos e os pais estavam abalados no sepultamento.
Simone era promotora de vendas da Ortobom, assim como Leandro - os dois trabalhavam em pontos diferentes. O casal não tinha filhos. A família da mulher descobriu depois do crime que Leandro já tem passagem por homicídio. A família dele é de São Paulo.
O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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