sexta-feira, 17 de junho de 2016

Eduardo Cunha pode fazer delação premiada

Acuado diante da sucessão de derrotas sofridas por ele e sua família nos últimos dias, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e seus advogados passaram a considerar a possibilidade de o peemedebista fazer delação premiada. 

A medida foi defendida por parte do núcleo jurídico que atende Cunha em reunião na residência oficial da Câmara que se estendeu até as 3h desta quarta-feira, 15. De acordo com um assessor jurídico de Cunha, ele não quer fazer delação, mas “não descarta nenhuma hipótese”. 

Segundo este interlocutor, a possibilidade ganhou mais força depois da derrota no Conselho de Ética, do bloqueio de bens dele e da mulher, a jornalista Cláudia Cruz, da multa estipulada pelo Banco Central e da exclusão de Cunha do rol de pedidos de prisão indeferidos pelo ministro Teori Zavascki. 

Ele está mais incomodado com a situação da Cláudia”, disse o assessor à Coluna do Estadão, em referência à mulher de Eduardo Cunha, que tornou-se ré do juiz federal Sérgio Moro. Dois advogados da equipe de defesa do presidente afastado da Câmara já negociaram delação premiada para outros clientes. Fernanda Tórtima defende Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro que gravou conversas comprometedoras com a cúpula do PMDB, e Pierpaolo Bottini intermediou a delação de executivos da Camargo Corrêa. Nas redes sociais, Cunha negou intenção de fazer delação.

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