sábado, 3 de outubro de 2009
"Anticristo" mostra drama de casal atormentado pela morte trágica do filho
Quando "Anticristo" ("Antichrist") foi exibido pela primeira vez, na mais recente edição do Festival de Cannes, em maio passado, as reações da imprensa especializada foram contundentes. Seu diretor, o cineasta dinamarquês Lars Von Trier, que se tornou célebre pelos temas e projetos polêmicos, novamente conseguiu abalar corações e mentes.
Mais uma vez colheu elogios e vaias, nunca indiferença. É fácil entender o motivo de manifestações tão exaltadas, já que a obra resolve centrar os seus cem minutos de duração num mergulho claustrofóbico em direção ao imponderável dos jogos mentais envolvendo seus personagens.
Com pouquíssimas locações e dois únicos tipos em ação – o casal interpretado pelos atores Charlotte Gainsbourg e Willem Dafoe –, a trama tem aspirações asfixiantes, atormentadoras.
O ator norte-americano Willem Dafoe, de 54 anos, atua num dos papéis que mais exigiram o gesto mínimo, a menor manifestação de expressões e gestos. Coisa rara numa carreira tão arrebatada por tipos grandiloquentes, seja numa caricatura independente de David Lynch, como "Coração Selvagem" (1990), ou em produções para grandes plateias, como na série do Homem-Aranha, em que ele aparece encarnando o Duende Verde.
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