quinta-feira, 11 de março de 2010

Cacique Babau é transferido para sede da PF em Salvador



O cacique Rosilvaldo Ferreira da Silva, o Babau, da tribo dos Tupinambás, está sendo transferido na tarde desta quarta-feira (10) para Salvador. Ele ficará detido na sede da Superintendência da Polícia Federal a disposição da justiça. O cacique é acusado de praticar atos de violência, ameaça e pertubação da ordem e comandar a invasão à fazenda Serra da Palmeira no final de fevereiro.

O mandato de prisão foi expedido em agosto, mas somente esta madrugda, depois de várias tentativas, a PF conseguiu localizar o cacique na Serra do Padeiro, em Buerarema. Ele foi ouvido esta manhã na delegacia de Ilhéus. Em seguida, foi submetido a exame de corpo de delito por que, segundo a polícia, resistiu a prisão e teve pequenos ferimentos no rosto.

Cacique Babau também é acusado de crime de dano e cárcere privado, invasão de fazendas, tentativa de homicídio, incêndio criminoso, ameaça de morte a fazendeiros, depredação de bens públicos, saques de bens em propriedades rurais e formação de quadrilha.

Ocupação

As ameaças entre índios e fazendeiros aumentaram,no mês passado, depois que os Tupinambá ocuparam uma fazenda em Buerarema. Mesmo após a Justiça ter determinado a reintegração de posse, eles permanecem no local. Cerca de 3 mil índios vivem entre os municípios de Buerarema e Ilhéus. A violência na região cresceu depois que a Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou um parecer de reconhecimento de território.

A tribo teria direito a 47 mil hectares. Quase dez vezes mais do que a área que ocupa hoje, 5 mil hectares. O laudo da Funai é constestado pelos fazendeiros. O território em disputa reúne mais de 600 propriedades. A maioria produz cacau. desde o início dos conflitos, 23 fazendas já foram invadidas pelos Tupinambá.

Um comentário:

Anônimo disse...

Acredito que a maioria de nós brasileiros damos total apoio à verdadeira causa indígena, bem como de outras formas de compensação aos danos sofridos pelas minorias ao longo dos séculos... mas o problema no caso específico na Serra do Padeiro é que o tal babau não é, e nunca foi índio, pois seus hábitos sempre passaram ao largo da identificação com a cultura indígena. Junto com seus parentes, passou a adotar adereços depois que "virou índio" ao retornar de uma temporada em Santa Cruz Cabrália. Não se tratam de opiniões a respeito, mas sim dos relatos de todos os moradores de Buerarema, cidade onde o Babau viveu desde criança. É só ir lá entrevistar a população, que o conhece desde pequeno. É irônico como um bom estelionatário consegue enganar tantas pessoas boas e bem intencionadas. De um lado um estelionatário dos bons, e de outro, autoridades com uma visão inocente da vida, que entraram para o Ministério Público muito jovens sem qualquer bagagem da vida e que tomam como verdade o que leram nos livros ginasiais de história.