Médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Ilhéus realizam uma Assembléia na próxima segunda-feira (24) à noite que pode resultar na deflagração de uma greve da categoria, por tempo indeterminado. Os médicos do Samu estão sem receber salários e não tiveram cumpridos alguns acordos feitos com Prefeitura deste o ano passado, quando houve uma paralisação pelos mesmos motivos.
A grave poderá acontecer já a partir da terça-feira (25), quando o movimento na cidade estará significativo, por conta da temporada da alta estação. Estima-se que, nas últimas semanas, o movimento no atendimento do Samu tenha crescido em torno de 60 por cento, por conta da população flutuante que lota a cidade. A unidade de Ilhéus realiza uma média de 400 atendimentos mensais, sendo que nos meses de novembro a março esse número poderá chegar a 700.
A Prefeitura administra a crise. Mas responsabiliza Estado e União pelo problema: atraso no repasse de recursos. Os problemas acarretam dificuldades no cumprimento de obrigações que vão desde atraso de salários a deficiências nos equipamentos e estrutura física. Diante dessas dificuldades, o Samu de Ilhéus também sofre com o atraso no repasse desses recursos, atingindo principalmente o pagamento salarial dos servidores.
O município não recebe os repasses dessas verbas há três meses e a soma neste período equivale a cerca de R$ 400 mil. Com o intuito de equilibrar a situação, a Secretaria da Saúde tem envidado esforços para realizar o pagamento através de recursos próprios.
O secretário municipal de Saúde entrou em contato com a Coordenação Geral de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde cobrando a regularização dos repasses. Jorge Arouca explicou que “a alegação da coordenação é que os atrasos nos repasses dos recursos se devem a problemas orçamentários, devido a prestação de contas do governo que se encerrou”. A previsão é de que só a partir de fevereiro o repasse seja realizado normalmente, inclusive o retroativo.
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