sexta-feira, 13 de abril de 2012
Lixo recolhido nas ruas de Itabuna não tem destino adequado
A destinação do lixo que nós brasileiros produzimos é o tema do JN no Ar desta semana. A equipe foi ao sul da Bahia, o estado da Região Nordeste que descarta a maior quantidade de lixo de forma inadequada.
O JN no Ar viu que o descarte do lixo não é um problema apenas da empresa de coleta ou da secretaria responsável pela limpeza urbana. Há muita sujeira, móveis, todo tipo de lixo abandonado pela população nas ruas. Quando o lixo é recolhido, acaba em um lixão. Itabuna não está sozinha. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Urbana, três de cada dez municípios brasileiros destinam seus detritos para lixões.
Para-choque de carro, móveis velhos, cacos de azulejo: é isto que se vê logo na entrada da cidade de Itabuna.
“Todo lugar aqui tem lixo. É sempre assim”, diz um homem.
Montes de lixo se acumulam nas esquinas e nos terrenos baldios. “Mal consigo trabalhar por causa do mal cheiro”, reclama o serralheiro Gildo Silva.
A pista do aeroporto de Itabuna está desativada há mais de dez anos. Como o aeroporto não é usado há tanto tempo, virou mais um ponto de descarte irregular de lixo. Até a prefeitura decidiu que esse era um bom lugar para deixar os restos de uma obra que está sendo feita em um canal da cidade. Há entulho, lama, esgoto e um cheiro insuportável que vem dos montes que já ocupam mais da metade da pista.
A prefeitura informou que a empresa responsável pela obra foi advertida. Não houve punição, apenas uma promessa de aplicar multas ambientais a partir desta quinta-feira (12).
O lixo hospitalar de Itabuna já tem destinação correta. A mudança foi há dois meses.
“A gente coleta esse lixo na rede pública e particular de saúde. Vem para cá, onde é tratado. Depois, é encaminhado para um aterro licenciado. Imagine esse resíduo ser jogado direto no lixão, o risco que tem para a saúde pública”, explica o empresário Rafael Monteiro.
Dos hospitais e postos de saúde, o lixo vai para incineração. As cinzas são enviadas para um aterro sanitário em Camaçari, da região metropolitana de Salvador.
O lixão de Itabuna tem 30 anos e poucos cuidados. Só uma camada de terra cobre as dos detritos.
“O controle do gás... Não estamos queimando gás, e não estamos dando o destino do chorume. Faltam duas condições para um aterro controlado. Ainda não temos. Estamos tratando, mas no momento não temos. Podemos dizer que é um lixão”, reconhece o secretário de Desenvolvimento Urbano José Alencar.
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