quarta-feira, 18 de abril de 2012
Professores dizem que animais podem morrer de fome na Uefs
Cerca de 1.200 animais usados como cobaias em pesquisas nos laboratórios da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), na Bahia, podem morrer de fome por causa do protesto realizado por um grupo de estudantes. A denúncia partiu de professores da instituição. Eles relatam que são impedidos de entrar na universidade para alimentar os animais.
Os pesquisadores dizem que a limpeza do local e a alimentação precisa ser feita diariamente, mas a última vez que isso aconteceu foi há três dias. "Os animais vão entrar em inanição e eles começam a fazer autofagia, as mães comendo os filhotes, e isso vai causar um dano ao patrimônio público da Uefs", afirma a professora Marilene Rocha.
Protesto
Cerca de 40 estudantes ocuparam o restaurante universitário há uma semana, na cidade a 100km de Salvador. Eles denunciam falta de higiene e má qualidade dos alimentos servidos.
"Tentamos de todas as maneiras o diálogo. O grupo é muito intransigente, ele não faz o diálogo e até o momento, estamos em um impasse total. As negociações não avançaram de forma nenhuma", diz Genival Correa, vice-reitor da Uefs.
Na segunda-feira (16), os alunos, fecharam com sofás e pedaços de madeira a entrada principal da universidade. Por conta da manifestação, as atividades foram suspensas na instituição.
Os alunos exigem que as refeições sejam gratuitas não apenas para os alunos residentes, mas para os chamados "residentes excedentes", aqueles abrigados por outros nas residências da instituição (além do número de vagas). Eles questionam à gestão da universidade por que um restaurante particular funciona dentro da universidade estadual.
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