O presidente da Ford para América do Sul, Steven Armstrong, afirmou que “a montadora enfrenta dificuldades de ordem econômica, o que força a empresa a tomar decisões difíceis”. A declaração foi dada nesta terça-feira, 20, após protesto de trabalhadores da Ford no Polo de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), contra possíveis demissões na unidade.
De acordo com o diretor jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Laércio Almeida, a empresa informou há dez dias à entidade que iria desligar 692 profissionais, sendo 600 contratados diretamente pela Ford e 92 das empresas sistemistas (que fabricam, no próprio complexo da Ford, peças utilizadas nos automóveis da marca).
“Na prática, essas 692 demissões representam um impacto de 1.500 empregos na cadeia produtiva, já que outros trabalhadores serão demitidos em empresas ligadas a Ford”, disse Laércio.
O sindicalista disse ainda que as demissões não se justificam na Ford da Bahia, já que o nível de produção da empresa não diminuiu por conta da crise econômica que afeta o país. No ano passado, foram produzidos 214 mil carros na unidade, segundo o sindicato. Esse ano já foram 198 mil.
Reunião com o governo
Os manifestantes estão reunidos na Cidade do Saber, em Camaçari, onde o presidente da Ford e o governador da Bahia Rui Costa participam da abertura do Programa Ford de Educação para Jovens.
Diante do protesto, Rui Costa e a direção da montadora vão receber uma comissão de trabalhadores.
Fonte: Agência A Tarde
Nenhum comentário:
Postar um comentário