sábado, 13 de março de 2010
Jogadores de São Tomé e Príncipe vão parar em clube da Bahia
Num país onde a seleção está há quase uma década sem entrar em campo, onde o campeonato não tem final, onde não há olheiros, agentes Fifa, e nem um único atleta profissional, ter a chance de se transferir para o exterior é um caso de sorte. Muita sorte. Foi assim que três jovens de São Tomé e Príncipe, o menor país de língua portuguesa do mundo, conseguiram chegar ao futebol brasileiro. Mais precisamente à Bahia, onde o lateral-esquerdo Cerqueira, conhecido como Ceke, o volante Adilson e o atacante José vão defender o Atlético de Alagoinhas, time da Primeira Divisão local.
A sorte do trio teve início numa viagem de um empresário são-tomense do setor de construção ao Brasil em 2008. Aurélio Martins é também o organizador da maior competição para jovens do país, o Torneio Gira-Ilhas, e na ocasião conheceu o presidente do Atlético-BA, Albino Leite. De uma conversa entre os dois surgiu o interesse em enviar alguns jovens são-tomenses para treinar em Alagoinhas. Vencedores do Gira-Ilhas de 2008 pela Escola de Futebol de São Tomé, Ceke e José foram os primeiros escolhidos.
Dias depois, o volante Adilson entrou na história. José e Ceke eram menores de idade e foi preciso um responsável para viajar com eles. Adilson, irmão de José e também jogador, foi chamado para acompanhar a dupla e ganhou a chance de treinar em Alagoinhas.
O sucesso dos três na Bahia foi tão grande que, agora, outros dois jovens terão a chance de se juntar ao clube baiano: os meias Jair e Ibraimo. Ceke, José e Jair vão treinar na equipe de juniores, enquanto Adilson e Ibraimo farão parte do elenco profissional. A história dos jogadores são-tomenses que seguiram para Alagoinhas também virou um documentário chamado "Príncipes de São Tomé".
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