O sargento da Polícia Militar Ailton Nascimento da Silva morreu após ser baleado por volta das 5h30 desta quarta-feira (15), em Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador. Ele era suspeito de matar o empresário Gil Marques Porto há três anos e respondia ao processo em liberdade, desde agosto do ano passado.
Ailton foi ferido por disparos de arma de fogo perto de casa e socorrido pelos familiares para o Hospital Geral Clériston Andrade, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo testemunhas, um homem saiu de um carro e cometeu o crime. A autoria e motivação serão investigadas pela Polícia Civil.
Em nota, a PM informou que "o sargento Ailton Nascimento foi inocentado por falta de provas e o processo foi arquivado em 2017".
No entanto, o advogado de acusação, da família do empresário, informou que Ailton ainda estava respondendo ao crime na Justiça. Ele disse que havia recorrido de uma decisão que determinou que os réus não iriam à júri popular e aguardava uma resposta da justiça.
O policial é o segundo suspeito de envolvimento na morte do empresário que foi assassinado. Eliomar Alexandre Rocha Nunes, também estava em liberdade e foi assassinado a tiros em abril deste ano. Outro terceiro suspeito, o ex-agente penitenciário Gregório dos Santos Teles, também é apontado por envolvimento no crime e responde em liberdade.
O sargento Ailton já havia sido acusado de outro homicídio. Ele ficou preso durante dois anos, na década de 90, mas foi solto, não chegou a ser julgado e o crime prescreveu. Já Gregório Teles é investigado por outros homicídios ocorridos em Feira de Santana durante o período da greve da Polícia Militar na Bahia, em fevereiro de 2014.
De acordo com a PM, Ailton estava lotado na 67ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), de Feira de Santana. O sargento integrava a corporação há quase 29 anos, tinha 49 anos e deixa mulher e dois filhos. As informações sobre sepultamento ainda não foram passadas pela família.
Morte de empresário
O empresário, que tinha 34 anos, foi assassinado com vários tiros dentro do carro dele no largo São Francisco, bairro Kalilândia. O homicídio foi cometido por dois homens em uma motocicleta. A polícia suspeita que o crime ocorreu por causa da venda de um imóvel na região da Avenida Nóide Cerqueira.
O terreno tinha sido vendido pela imobiliária de Gil Porto Neto, pelo valor de R$ 720 mil, no ano de 2011. Investigações da Polícia Civil apontam que Gregório Teles, um dos suspeitos do crime, teria invadido a área, falsificado uma escritura e colocado placa de venda no imóvel.
A irregularidade foi descoberta pelo empresário no final do ano de 2013. Gil o teria procurado para tirar satisfações e eles discutiram. A escritura falsificada foi encontrada pela polícia na casa de Gregório.
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