Um policial civil baleou um homem para impedir que ele continuasse a deferir golpes de faca na própria filha, de 2 anos, em Rondonópolis, a 214km de Cuiabá, no Mato Grosso. O crime aconteceu nesta segunda-feira. A menina chegou a ser ferida nas costas, e o agressor foi preso. Com ele, foram apreendidas duas facas e um canivete.
Outras duas crianças, de 4 e 6 anos, estavam no carro do agressor, onde vinham sendo mantidas reféns, juntamente com a mãe, de 21 anos, ex-mulher do suspeito.
De acordo com o boletim de ocorrência, o criminoso ligou para a ex-mulher dizendo que tinha até 16h para encontrá-lo. No local combinado, no bairro Parque Universitário, ele a teria ameaçado e feito com que a família entrasse no veículo.
Passando por eles numa viatura, dois investigadores da Delegacia da Mulher suspeitaram das atitudes. Os agentes, um homem e uma mulher, alcançaram o carro do suspeito e pediram que ele parasse, conforme informou a Polícia Civil. No entanto, de forma agressiva, o homem jogou seu veículo contra a viatura e aumentou a velocidade do automóvel.
Num momento em que a mulher teria começado uma discussão com o ex-marido, a porta do passageiro abriu pela metade, fazendo com que ela fosse arrastada no asfalto. Com isso, o agressor perdeu o controle da direção e colidiu com um carro parado.
Uma vez que o veículo onde eles estavam parou, os investigadores foram ao socorro das vítimas. Ao se aproximarem, viram o homem desferindo golpes de faca contra a mulher. A partir do momento em que ele percebeu a presença dos policiais, pegou a criança menor e colocou a faca nas costas dela. A ex-mulher conseguiu se levantar para tentar arrancá-la dos braços do agressor. Mais uma vez, os agentes optaram por falar com ele e pediram que soltasse a menina. Mas o homem fez o oposto e pressionou a faca nas costas dela, cortando sua pele.
Para protegê-la, o policial civil atirou no homem, imobilizando-o. As vítimas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ainda não há informações sobre o estado de saúde da mulher e de sua filha. Os investigadores encaminharam o agressor ao hospital regional da cidade. A perícia técnica foi acionada e compareceu no local do fato.
Sem ter o nome divulgado para não expor as vítimas, o agressor, que foi autuado por tentativa de homicídio, já havia sido condenado por estupro majorado (contra filho ou enteado) por um crime que ocorreu em 2007. Também nessa época, ele ameaçava uma mulher por meio de pressão psicológica para reatar o relacionamento conjugal. Para isso, chegou a agredir os outros filhos, enquanto mandava áudios dos choros para a mãe das crianças a fim de forçá-la a se encontrar com ele.
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