
Questionado sobre algumas das várias denúncias que sua gestão no Ministério do Esporte sofreu, Orlando Silva Jr. admitiu a existência de problemas. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, a sua primeira após deixar a pasta no ano passado, ele ainda criticou a decisão da presidente Dilma Rousseff de fechar a estatal Brasil 2016.
“O Governo Federal deveria ter uma empresa com função executiva para encaminhar os projetos da sua responsabilidade. Na minha opinião foi um erro a extinção da empresa Brasil 2016, porque tirou do governo um instrumento executivo. E isso pode fazer falta na preparação dos Jogos Olímpicos”, disse Orlando Silva, que não quis explicar o que motivou a decisão de Dilma Rousseff.
A estatal em questão foi alvo de uma polêmica nesta semana. Ela foi criada em agosto de 2010 e extinta exatamente um ano depois. Neste ínterim, foi contratada uma consultoria chamada FIA, que prestaria serviços à empresa por R$ 4,6 milhões. O dinheiro foi pago apesar de a Brasil 2016 não ter saído do papel, sem sede ou funcionários.
Orlando Silva, que estava à frente da pasta na criação e na extinção da empresa, explica que os serviços foram prestados. Além disso, diz que a FIA foi contratada para ajudar também em outras áreas além da Brasil 2016, o que explicaria que o contrato tenha sofrido um aditivo mesmo após a decisão de acabar com a estatal.
Na conversa de cerca de uma hora, o ex-ministro ainda foi questionado sobre a enxurrada de denúncias que recebeu. Apesar de ter tentado contemporizar algumas delas, Orlando Silva admitiu que aconteceram irregularidades quando ele esteve à frente do ministério. Informações Uol Esporte.
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