quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Exame detecta salmonela em cliente morto após refeição em churrascaria

Um exame divulgado nesta quinta-feira (6) comprovou que a causa da morte do pedreiro Edson de Araújo foi salmonelose, doença provocada pela bactéria salmonela. Edson morreu na última sexta-feira (30), após comer na Churrascaria e Pizzaria do Galego, em Itapuã. O material encontrado no estômago da vítima foi analisado e detectou a presença da bactéria.

De acordo com o coordenador estadual de vigilância das emergências em saúde pública da Vigilância Epidemiológica, Juarez Dias, este é o sexto laudo que indica a salmonela nas pessoas que se alimentaram no estabelecimento. Os outros cinco exames haviam sido realizados em clientes que sobreviveram à contaminação pela bactéria. Ao todo, foram registrados 167 casos de pessoas que passaram mal após a refeição.

“Não sabemos qual foi exatamente o alimento que causou o problema. A salmonela existe no trato intestinal, nas fezes. A contaminação ocorre quando alguém doente entra em contato com os alimentos", explica Dias. O coordenador acrescenta que alimentos sem cozimento, como ovo cru, carne mal cozida e maionese (que utiliza ovos) são passíveis de contaminação.

Procurada pela nossa reportagem, a delegada Dilma Maria França, da 12ª Delegacia Territorial (12ª DT/ Itapuã) disse ainda não ter recebido o resultado dos exames de Edson de Araújo, mas afirmou que o resultado "comprova que se trata de um caso de homicídio culposo, devido à manipulação de alimentos e sem a intenção de matar". A proprietária do restaurante, cujo nome não foi divulgado pela polícia, também poderá ser indiciada por lesão corporal pelos danos causados às demais vítimas.

A delegada afirma que a investigação seguirá até todas as vítimas intimadas serem ouvidas. A dona da churrascaria já foi interrogada pela polícia. “Ela afirmou que ficou surpresa com o fato, porque durante as refeições nenhum cliente se queixou”, conta a delegada. A proprietária da churrascaria ainda disse em depoimento que não percebeu aparência, cheiro ou gosto que pudesse indicar a contaminação dos alimentos.

“Ela disse, inclusive, que os funcionários e proprietários comeram do mesmo alimento e que nada aconteceu”, revela a delegada. O restaurante continua interditado.

Nenhum comentário: