Um exame divulgado nesta quinta-feira (6) comprovou que a causa da morte
do pedreiro Edson de Araújo foi salmonelose, doença provocada pela
bactéria salmonela. Edson morreu na última sexta-feira (30), após comer
na Churrascaria e Pizzaria do Galego, em Itapuã. O material encontrado
no estômago da vítima foi analisado e detectou a presença da bactéria.
De
acordo com o coordenador estadual de vigilância das emergências em
saúde pública da Vigilância Epidemiológica, Juarez Dias, este é o sexto
laudo que indica a salmonela nas pessoas que se alimentaram no
estabelecimento. Os outros cinco exames haviam sido realizados em
clientes que sobreviveram à contaminação pela bactéria. Ao todo, foram
registrados 167 casos de pessoas que passaram mal após a refeição.
“Não
sabemos qual foi exatamente o alimento que causou o problema. A
salmonela existe no trato intestinal, nas fezes. A contaminação ocorre
quando alguém doente entra em contato com os alimentos", explica Dias. O
coordenador acrescenta que alimentos sem cozimento, como ovo cru, carne
mal cozida e maionese (que utiliza ovos) são passíveis de contaminação.
Procurada
pela nossa reportagem, a delegada Dilma Maria França, da 12ª Delegacia
Territorial (12ª DT/ Itapuã) disse ainda não ter recebido o resultado
dos exames de Edson de Araújo, mas afirmou que o resultado "comprova que
se trata de um caso de homicídio culposo, devido à manipulação de
alimentos e sem a intenção de matar". A proprietária do restaurante,
cujo nome não foi divulgado pela polícia, também poderá ser indiciada
por lesão corporal pelos danos causados às demais vítimas.
A
delegada afirma que a investigação seguirá até todas as vítimas
intimadas serem ouvidas. A dona da churrascaria já foi interrogada pela
polícia. “Ela afirmou que ficou surpresa com o fato, porque durante as
refeições nenhum cliente se queixou”, conta a delegada. A proprietária
da churrascaria ainda disse em depoimento que não percebeu aparência,
cheiro ou gosto que pudesse indicar a contaminação dos alimentos.
“Ela
disse, inclusive, que os funcionários e proprietários comeram do mesmo
alimento e que nada aconteceu”, revela a delegada. O restaurante
continua interditado.
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