Segundo informações de João Uzzum, titular da 18º Delegacia Territorial (DT/Camaçari), o atleta não cumpriu, por duas vezes, a intimação para depor sobre o caso. A primeira justificativa, dada pelo advogado de defesa, foi apresentada em forma de petição que informava o mal estar de Anselmo. Na segunda falta, o advogado informou ao delegado que não compareceria com o cliente por conta da presença da impressa e solicitou a remarcação em uma data que não fosse divulgada.
Durante entrevista ao Correio24horas, o delegado informou que caso Anselmo não compareça à delegacia atendendo à terceira intimação ele entrará com a condução coercitiva – neste caso policiais vão ao encontro da pessoa para conduzi-lá para depôr à força.
Ainda segundo Uzzum, mais de cinco pessoas já foram ouvidas e outras relacionadas ao caso, como enfermeiros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que realizaram o atendimento de uma das vítimas, serão ouvidas amanhã (14). O titular espera que o jogador compareça à delegacia também nesta sexta (14) para evitar a medida coercitiva.
Com o depoimento de Anselmo e das testemunhas fica pendente apenas os resultados dos laudos periciais do acidente para conclusão do inquérito.
Atropelamento
O acidente aconteceu na manhã de sábado (8) deste mês. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o veículo conduzido pelo jogador, modelo Chrysler 300 C, se chocou contra uma árvore e seguiu em direção aos dois homens.
Ednaldo de Souza, 48 anos, teve ferimentos graves e sobreviveu. Ele, que foi encaminhado para o Hospital Geral de Camaçari (HGC), informou que voltava de uma pescaria com o amigo Cícero Macedo, de 43 anos, depois de passar a noite em um sítio de um amigo, cada um em uma bicicleta.
Ednaldo disse ainda que estava de costas e não conseguiu precisar se o carro estaria em alta velocidade. Cícero foi arremessado para o meio da pista e morreu antes de receber socorro. O jogador não possui CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
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