O jornal “Diário de S. Paulo” publica matéria nesta quarta-feira
informando que Neymar faturou R$ 60 milhões neste ano de 2012. Mais do
que o Botafogo.
Estivesse em um ranking de faturamento dos clubes brasileiros, Neymar
ocuparia a 13ª posição. Ou seja, uma máquina de fazer dinheiro.
Queiram os odiosos ou não. Os que não cultivam semelhante sentimento
repugnante no coração, admiram Neymar e sabem o valor do menino. Os
odiosos não veem futebol nele, o consideram um cai-cai e entendem que
ele é produto da mídia.
Neymar, como disse, é um menino. Tem apenas 20 anos. E com 20 anos Messi, por exemplo, não fazia o que Neymar faz.
Aliás, dia desses, em entrevista a André Plihal, da ESPN-BR, Zico, o
maior jogador da história do Flamengo e um dos maiores da história do
nosso futebol, disse com todas as letras: “Com a idade de Neymar eu não
jogava o que ele joga”.
Verdade; Neymar é realmente assombroso.
Por isso eu tenho dito: neste momento, a continuar nesta toada,
Neymar poderá se tornar o maior jogador de futebol do Brasil depois da
era Pelé.
O camisa 11 do Santos fatura algo em torno de R$ 3 milhões por mês. Desse montante, o clube paga apenas R$ 500 mil.
Por isso, não procede as advertências de torcedores adversários de
que o Santos deveria montar um time ao invés de investir em apenas um
jogador. O Santos investe em Neymar pouco mais do que investe em Arouca e
Edu Dracena, por exemplo.
Neymar se paga e o Santos ainda ganha um trocado, pois o clube tem 10% dos direitos de imagem do atleta.
Por falar em direito de imagem, aqui surge uma questão que deveria
preocupar os dirigentes santistas: como Neymar aparece na mídia em suas
ações publicitárias.
Segundo o “Diário de S. Paulo”, Neymar é patrocinado pela Nike,
Volkswagen, Panasonic, Red Bull, Tenys Pé Baruel, Lupo, Ambev, Claro,
Unilever, Banco Santander e Baterias Heliar.
Em quantas destas propagandas Neymar aparece vestindo a camisa do
Santos? Salvo engano de minha parte, em NENHUMA. E quando ele aparece
com a camisa de algum time de futebol, esse time é a seleção brasileira,
como no caso da propaganda da Volkswagen.
Ou seja, o Santos perde oportunidade de divulgar sua marca. O
departamento de marketing do clube, que capta no mercado parceiros para o
jogador, deveria estar mais atento a isso e tentar fazer com que os
patrocinadores mencionassem o Santos nessas campanhas. E não seria
problema, pois o Santos não tem grande rejeição por parte de outras
torcidas.
Não é apenas um fator ou outro que faz uma torcida aumentar de
tamanho. É a somatória de todos eles: craques, títulos, aparição na
mídia, exibição em outras cidades do Estado e do país — e até mesmo do
exterior.
E, claro, a exposição da sua marca na mídia. Mas não apenas jogando,
mas também vinculando-a ao jogador mais carismático desse país das
últimas décadas.
Que, no caso, é seu patrimônio.
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