A
maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta
segunda-feira que os parlamentares condenados no julgamento do mensalão
terão seus mandatos cassados. A questão, que estava empatada em quatro a
quatro, foi resolvida com o voto do ministro Celso de Mello, que
retornou à Corte após uma infecção respiratória que resultou em uma
internação na semana passada. O julgamento foi encerrado por volta das
16h38 de hoje.
Para
o decano do Supremo, em caso de perda dos direitos políticos provocada
por decisão judicial, como é o caso dos réus condenados pelo mensalão,
cabe à Casa Legislativa “meramente declarar” a extinção do mandato. “Na
pior das hipóteses, a perda do mandato resultará na suspensão dos
direitos políticos, causada pela condenação criminal transitada em
julgado, cabendo à Casa meramente declarar o fato”, disse o ministro.
A
questão afeta diretamente três réus condenados: os deputados João Paulo
Cunha (PT-SP), condenado a nove anos e quatro meses; Valdemar Costa
Neto (PR-SP), punido com sete anos e 11 meses; e Pedro Henry (PP-MT),
condenado a sete anos e dois meses. O ex-deputado e atual prefeito de
Jandaia do Sul (PR), José Borba, não será afetado pela decisão.
Condenado
a dois anos e seis meses, Borba teve sua pena convertida em restrição
de direitos, com impossibilidade de assumir cargo ou função pública e
interdição temporária de direitos pelo prazo da pena restritiva de
liberdade. Como a decisão só vale após o trânsito em julgado e seu
mandato termina no fim do ano, o político não será atingido.
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