quinta-feira, 24 de abril de 2014

Bacharel em Direito suspeito de extorsão sexual é solto

O bacharel em Direito Ricardo Lopes Hage, 54 anos, foi liberado da sede da Polícia Interestadual (Polinter), no Complexo dos Barris, no início da tarde desta quinta-feira (24). Ele estava preso desde a última sexta-feira (18) sob acusação de usar um perfil feminino falso no Facebook para obrigar mulheres a fazerem sexo com ele, sob a ameaça de terem fotos íntimas divulgadas na internet.
Marido de uma juíza do trabalho, Hage teve a prisão temporária de 30 dias decretada depois que mulheres e adolescentes prestaram depoimento na Secretaria da Segurança Pública (SSP), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O pedido de habeas-corpus solicitado pela defesa foi deferido nesta quinta-feira (24). 
De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Civil, o acusado já responde a inquéritos por lesão corporal e estelionato. Hage foi indiciado pelos crimes de extorsão mediante sexo ou dinheiro e falsidade ideológica. 
Modus operandi
Com o perfil “fake”, Ricardo Hage atraía as mulheres e, na medida em que conquistava a confiança das amigas virtuais, sugeria que elas lhe enviassem fotos íntimas. Ao conseguir as imagens e os números de telefone das vítimas, ele se identificava como homem, enviava imagens obscenas e passava a fazer propostas indecentes.
Em poder de fotos íntimas das mulheres, ele ameaçava divulgar o teor da conversa, caso não obtivesse sexo como recompensa para se livrar dos materiais. 
A assessoria de comunicação da Polícia Civil não soube informar há quanto tempo Hage era investigado, mas confirmou que a Secretaria da Segurança determinou que a apuração fosse realizada pela Superintendência de Inteligência, para garantir o segredo de justiça, já que numa delegacia seria mais difícil.
A delegada Suzy Anne Brandão, responsável pela investigação, interrompeu as férias para cumprir o mandado de prisão temporária contra Hage, emitido e cumprido no último dia 14.
Investigação
A prisão do bacharel foi realizada em sua residência, na casa 03 do Condomínio Colina de Patamares, na Avenida Ibirapitanga, em Patamares, bairro nobre da capital. Ricardo Hage teve o sigilo telefônico quebrado e expedidos mandados de busca e apreensão para recolher fotos, papéis, celular, aparelhos eletrônicos, além de mídias que armazenem dados, como CDs, DVDs, pendrives, HDs externos, CPUs e cartões de memória.

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