O corpo de uma estudante de 17 anos foi encontrado na noite de quinta em um matagal na Grande Florianópolis. Jéssica Maria Garcia estava desaparecida desde o dia 14. Segundo a polícia, Jéssica foi atropelada e morta por um tio, André Luiz da Silva, 47, que diz que se tratou de um acidente. Um laudo apura a causa da morte e se Jéssica foi vítima de violência sexual, segundo o Uol.
A garota foi vista pela última vez caminhando de casa para um ponto de ônibus por volta de 12h30. Ela seguia para a escola, mas não chegou lá e não foi mais vista. A busca pela menina começou logo no dia seguinte, com mutirão formado por família e amigos. O tio, que é casado com a irmã da mãe de Jéssica, ajudou nas buscas e aparentava estar abalado.
Mas a polícia começou a perceber comportamentos estranhos em André. Mesmo com o clima ruim na família, ele chamou a mulher para ir à praia no sábado. No domingo, ele disse que queria ir a São Paulo comprar um carro. No dia 18, a polícia recebeu imagens de câmeras de segurança que mostravam Jéssica no carro do tio. A partir daí, ele se tornou suspeito.
Segundo a polícia, André negava saber qualquer coisa do desaparecimento da adolescente até que as imagens foram mostradas a ele. Na quinta, ele finalmente indicou onde estava o corpo da jovem, às margens de uma rodovia.
Jéssica estava vestida, com o corpo enrolado em sacos plásticos. O tio disse à polícia que tudo não passou de "uma burrice". No depoimento, ele contou que ofereceu uma carona à jovem no dia 14, mas ultrapassou o ponto e acabou seguindo por um caminho desconhecido. Durante a carona, ele teria tentado assediar a adolescente.
A garota ficou nervosa ao perceber que o tio estava dirigindo para um lugar desconhecido, abriu a porta e pulou do carro, mesmo em movimento. O tio disse que ela bateu a cabeça no meio fio e "aí eu passei por cima dela com as rodas traseiras". Mesmo tendo indicado o local do corpo e dado estes detalhes, Silva se recusou a assinar o depoimento.
Depois que a população tomou conhecimento do fato, cerca de 50 pessoas cercaram a delegacia de Forquilhinha esperando o suspeito - por conta disso, ele foi levado para um presídio na capital catarinense.
Silva já foi preso em 2006 em um motel com menores de 14 e 17 anos.
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