Na saída do Ilê Aiyê, neste sábado (18), além da percussão e da beleza negra vista por em todo o Curuzu, quem marcou presença foram as autoridades políticas. Dentro do terreiro de Mãe Hilda de Jitolu, parlamentares, gestores de órgão municipais e estaduais, a ministra da Seppir (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), Luiza Bairros, e o prefeiturável Nelson Pellegrino circulavam pelo salão e saudavam os membros do Ilê Aiyê.
"Com o tema do Ilê este ano ('Negros do Sul: lá também tem'), eu me sinto homenageada. É fundamental mostrar isso nas ruas que existem em todo o Brasil existem negros, vivenciando uma realidade ainda marcada profundamente pelo racismo. É uma forma de reverenciar esse povo que luta em todos os cantos", disse a ministra Luiza Bairros.
Já para o secretário estadual da cultura, Albino Rubim, a importância do Ilê deve ser lembrada cotidianamente. "É preciso perceber que existe o carnaval de Salvador antes e depois do Ilê. Este bloco reafricanizou o carnaval da Bahia. É uma questão histórica que deve ser lembrada sempre", afirma.
Para o deputado federal, Walmir Assunção, o trabalho do Ilê constitui uma ferramenta imprescindível na promoção da igualdade racial. "O Ilê alterou e altera profundamente a autoestima do negro. Tem todo um trabalho social, para além do desfile. Esperar o Ilê é uma simbologia muito forte para os negros", declarou. Além de Walmir, também esteve presente o parlamentar Luiz Alberto.
O vice-prefeito, Edvaldo Brito, também compareceu ao ritual de saída. Assim que chegou, encontrou com Vovô do Ilê, presidente e fundador do bloco, e falou contente. "Eu vim pedir à benção a este bloco e a você. Mais uma vez, parabéns ao Ilê Aiyê por todo este trabalho", afirmou. Ao abraçar Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, Edvaldo comentou: "Estou posando ao lado do futuro governador da Bahia", disse, fomentando os rumores sobre a sucessão do governo estadual.
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