domingo, 19 de fevereiro de 2012
Donos de bares lucram com a escassez de sanitários nos circuitos do Carnaval
No criativo universo carnavalesco, a falta de banheiro por perto opõe dois grupos: os que quebram a cabeça pensando no que fazer para aliviar a bexiga e os que encontram lucro no aperto alheio. São dos fedidos e raros banheiros químicos que se valem alguns donos de bares para ganhar até R$ 3 mil.
Não é para menos: segundo a Empresa Salvador Turismo (Saltur), 1,7 milhão de foliões passam pelos três circuitos oficiais, o que gera um consumo de 10 milhões de litros de cerveja, 8 milhões de litros de água e 5 milhões de litros de refrigerante. Alguma hora isso tudo vai ter que sair.
A prefeitura disponibiliza 2 mil sanitários químicos, entre as cabines fechadas e os mictórios abertos - exclusivos para homens. E a disputa por cada um deles é intensa. “Quando bate o aperto, é uma dificuldade achar um sanitário. Ou faz no cantinho escondido ou nas calças, não dá tempo”, justificou-se o químico Leonardo Ribeiro, 24 anos, após aliviar-se em uma mureta próximo a um posto policial, na Barra.
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