De férias no Mato Grosso, Jean Chera não
deve viver dias de muita tranquilidade em dezembro. Ele foi dispensado
pelo Flamengo na última semana e viu mais uma vez em xeque suas chances
de se tornar jogador profissional. Seja na saída do Santos, em 2011, ou
com a camisa do Fla, neste ano, as explicações para o rótulo de fiasco
foram as mesmas e atendem pelo nome de Celso Chera.
Embora não se possa atribuir
integralmente ao pai, o fracasso de Jean Chera pela segunda temporada
consecutiva passa bastante pelo tipo de gestão que Celso faz da carreira
do filho. Na Gávea, ganhou fama de reclamão e entrou em atrito com os
profissionais da base em algumas ocasiões. Ele cobrava oportunidades,
mas o filho amargou a reserva e chegou a ficar cerca de cinco meses sem
ser relacionado.
Os juvenis do Fla, por outro lado,
tiveram grande ano e foram campeões cariocas – com destaque para o
desempenho do trio Douglas Baggio, Renan Donizete e Maceió, bastante
superiores a Jean, dono do maior salário da base rubro-negra. “Ele não
ficou por baixo rendimento, não evoluiu. É um jogador clássico, mas que
tinha dificuldade em se colocar bem fisicamente. Faltou empenho”, atesta
um membro da comissão técnica do Flamengo.
No Santos, as reclamações de Celso Chera
chegaram a provocar a demissão de Alberto Vieira, então responsável
pelo departamento amador do clube. Jean, que também tinha o maior
salário das categorias de base, gozava de privilégios: não viajava com a
delegação santista, era liberado de concentrações e também tinha plano
de carreira, entre outras regalias. Os mimos não fizeram bem ao jogador,
que jamais integrou a Seleção Brasileira, seja no infantil ou nos
juvenis. Jean Chera se mexe pouco em campo e parece desconectado da
realidade moderna do futebol.
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