quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Coruja e encrenqueiro, pai de Chera ajuda a explicar fiasco no Fla

De férias no Mato Grosso, Jean Chera não deve viver dias de muita tranquilidade em dezembro. Ele foi dispensado pelo Flamengo na última semana e viu mais uma vez em xeque suas chances de se tornar jogador profissional. Seja na saída do Santos, em 2011, ou com a camisa do Fla, neste ano, as explicações para o rótulo de fiasco foram as mesmas e atendem pelo nome de Celso Chera. 

Embora não se possa atribuir integralmente ao pai, o fracasso de Jean Chera pela segunda temporada consecutiva passa bastante pelo tipo de gestão que Celso faz da carreira do filho. Na Gávea, ganhou fama de reclamão e entrou em atrito com os profissionais da base em algumas ocasiões. Ele cobrava oportunidades, mas o filho amargou a reserva e chegou a ficar cerca de cinco meses sem ser relacionado.

Os juvenis do Fla, por outro lado, tiveram grande ano e foram campeões cariocas – com destaque para o desempenho do trio Douglas Baggio, Renan Donizete e Maceió, bastante superiores a Jean, dono do maior salário da base rubro-negra. “Ele não ficou por baixo rendimento, não evoluiu. É um jogador clássico, mas que tinha dificuldade em se colocar bem fisicamente. Faltou empenho”, atesta um membro da comissão técnica do Flamengo. 

No Santos, as reclamações de Celso Chera chegaram a provocar a demissão de Alberto Vieira, então responsável pelo departamento amador do clube. Jean, que também tinha o maior salário das categorias de base, gozava de privilégios: não viajava com a delegação santista, era liberado de concentrações e também tinha plano de carreira, entre outras regalias. Os mimos não fizeram bem ao jogador, que jamais integrou a Seleção Brasileira, seja no infantil ou nos juvenis. Jean Chera se mexe pouco em campo e parece desconectado da realidade moderna do futebol.

Nenhum comentário: