O percentual é inferior
aos 20,2% anunciados pela presidenta Dilma Rousseff, em setembro.
Segundo Zimmermann, o percentual menor é atribuído à recusa das
companhias Energética de São Paulo (Cesp), Energética de Minas Gerais
(Cemig) e Paranaense de Energia (Copel) em aderir à proposta do
governo.
“A decisão dessas
empresas estaduais, que decidiram pela não prorrogação, está causando
diretamente, o impacto de não atingir a meta de 20,2%. Estranhamos que essas empresas preferiram priorizar os acionistas do que a população”, disse o secretário executivo.
Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel), Nelson Hübner, a redução no valor da conta de energia elétrica,
de 16,7%, poderá ser sentida pelos consumidores em março do ano que
vem.
Do
montante de 25.452 megawatts (MW) de capacidade instaladas das
hidrelétricas, apenas 15.311 MW foram renovados antecipadamente, ou
seja, apenas 60% das companhias de geração aceitaram os termos do
governo. Com isso, a expectativa de conseguir diminuir em 8,5% o
percentual da geração caiu para 5,1%. Em contrapartida, todas as
empresas de transmissão aderiram ao plano.
Uma das usinas da Cesp, a Hidrelétrica Três Irmãos, entre os municípios
de Andradina e Pereira Barreto, em São Paulo, terá que ser devolvida à
União, por causa da não renovação da concessão, no começo de janeiro.
Segundo Zimmermann, a expectativa do governo é fazer o leilão ainda no
primeiro semestre do ano que vem. No segundo semestre, o mesmo deverá
ocorrer com a Usina Hidrelétrica de Jaguará, em Minas Gerais,
pertencente à Cemig. As duas companhias têm capacidade de 1.300 MW.
Mesmo sem a meta de redução atingida, o secretário executivo do MME
acredita que houve “uma grande vitória” por parte do governo, que
conseguiu adesão de 100% das transmissoras e 60% das usinas de geração.
Com os termos assinados, haverá discussões internas no governo para
avaliar a possibilidade de um aporte do Tesouro Nacional a fim de
atingir os 20,2%, anunciados anteriormente.
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