Kamila estava a caminho da Fundação Cultural do
Estado da Bahia (Funceb), onde fazia um curso de dança. A mãe de da
jovem, que passou mal e foi hospitalizada ao saber da morte da filha, já
foi liberada do hospital e está sob efeito de medicamentos.
Após o acidente, Benigno prestou depoimento na 22ª Delegacia Territorial (DT/Simões Filho) e foi liberado logo em seguida.
Após o acidente, Benigno prestou depoimento na 22ª Delegacia Territorial (DT/Simões Filho) e foi liberado logo em seguida.
De acordo com a delegada Ana Lúcia Gonçalves,
titular da 22ª DT, o motorista pode ser indiciado por homicídio culposo
(quando não há intenção de matar), homicídio preterdoloso (crime
qualificado pelo resultado) ou homicídio doloso (quando há a intenção de
matar).
Segundo Ab-dul Ramid Novaes, coordenador de
fiscalização da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de
Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), a Expresso
Metropolitano tem 48 horas para notificar o caso ao orgão. Caso
contrário, pode ser multada.
"A Agerba já está ciente do caso. Nós estamos esperando a notificação da empresa, que tem 48 horas para comunicar o caso. Se ela não comunicar, não prestar esclarecimento, ela poderá ser multada", disse Ab-dul.
"A Agerba já está ciente do caso. Nós estamos esperando a notificação da empresa, que tem 48 horas para comunicar o caso. Se ela não comunicar, não prestar esclarecimento, ela poderá ser multada", disse Ab-dul.
Família pede justiçaO
corpo da estudante foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) e será
enterrado nesta quinta-feira (10), no Cemitério de Simões Filho. Em
entrevista ao Correio24Horas, o pai da vítima, o aposentado Advaldo Francisco Neto, 50, disse que não acredita em acidente.
"Se minha filha caísse na mesma hora que subiu no
ônibus, seria uma fatalidade. Mas ele andou mais de 500 metros com a
porta aberta. O ônibus não estava cheio", afirmou.
Advaldo também comentou a atitude da empresa em relação ao fato. "O advogado da empresa esteve lá (na delegacia) só pra prestar solidariedade. Eles protegeram o motorista. Ele falou que o motorista já roda há 17 anos e foi falha do mecanismo do ônibus. Isso é mentira. Como é que foi falha mecânica se ele andou 500 metros com a porta aberta e fechou a porta depois de minha filha cair?", contou.
Advaldo também comentou a atitude da empresa em relação ao fato. "O advogado da empresa esteve lá (na delegacia) só pra prestar solidariedade. Eles protegeram o motorista. Ele falou que o motorista já roda há 17 anos e foi falha do mecanismo do ônibus. Isso é mentira. Como é que foi falha mecânica se ele andou 500 metros com a porta aberta e fechou a porta depois de minha filha cair?", contou.
O pai da estudante ainda espera por justiça.
"Está todo mundo abalado. É uma coisa horrível. A gente espera por
justiça. Não queremos dinheiro. O que fica agora é a sensação de perda. É
a saudade da única filha que eu tinha", disse.
Posicionamento da empresa
Em nota, a empresa Expresso Metropolitano lamentou o acidente e informou que está apurando o caso. A empresa também informa que já está entrou em contato com o pai da vítima.Confira a nota oficial da empresa na íntegra:
Em nota, a empresa Expresso Metropolitano lamentou o acidente e informou que está apurando o caso. A empresa também informa que já está entrou em contato com o pai da vítima.Confira a nota oficial da empresa na íntegra:
"NOTA DE ESCLARECIMENTO
A EXPRESSO
METROPOLITANO TRANSPORTES LTDA., empresa que atua no ramo de transporte
de passageiros da cidade de Simões Filho, lamenta profundamente o
fatídico incidente ocorrido nesta data, no qual uma jovem de 19 anos
veio a óbito, ao tempo em que está apurando as causas do incidente.
Informa ainda que já manteve contato com o pai da vítima, se colocando à disposição para o que se fizer necessário.
Finalmente,
esclarece que, goza, devido ao alto padrão de qualidade de seus
serviços, de boa reputação junto à sociedade e aos usuários de seus
serviços de transporte, pautando sua atuação nos mais altos padrões
éticos, morais e técnicos."
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