Igor, que morava com os avós, em Agudos, estava
desaparecido desde sábado. A polícia investigava o caso como sequestro. O
pai de Igor, que mora em São Paulo, viajou a Agudos para distribuir
fotos do adolescente na tentativa de localizar o filho.
Na quarta-feira, a polícia prendeu um comparsa do
adolescente, que confessou a participação no crime e levou os
investigadores ao local onde estava o corpo de Igor. "Ele ainda nos
contou que o adolescente o obrigou a dar uma facada em Igor para que
confirmasse sua participação no crime e teria dito que, antes de a
polícia localizar o corpo de Igor, mataria outro adolescente, de 15
anos”, revelou Biazon.
“Checamos e realmente constatamos que ele havia
assediado o menino de 15 anos, que já não estavam mais frequentando as
aulas com medo das investidas dele”, afirmou Biazon. “Acho que ele tem
algum distúrbio, não aceita a condição de homossexual”, disse o
delegado.
A polícia começou a suspeitar do jovem porque ele tinha
sido o último a ver Igor. “Ele contou aos familiares de Igor que ele
tinha sido sequestrado por três homens que ocupavam um Fiat Pálio verde,
e como ele tinha um corte de faca nas mãos, desconfiamos e pedimos sua
internação”, contou o delegado titular de Agudos, Jader Biazon.
Além disso, a polícia tinha outro motivo para suspeitar
de o adolescente. Ele já tinha passagem por homicídio motivado por
homofobia. Ele cumpriu pena de internação na Fundação Casa por matar com
16 facadas o empresário Valdinei Rocha, 56 anos, em 17 de março de
2013. Segundo Biazon, o empresário, dono de uma fábrica de toldos e
coberturas, era homossexual e tinha um caso com o adolescente,
que contou com ajuda de um rapaz de 18 anos, que está preso pelo crime.
"Crime poderia ter sido evitado"
Para o delegado, a morte de Igor poderia ter sido evitada se a Justiça não aliviasse a pena do adolescente acusado de ter cometido o crime. Ele deveria sair da prisão ao completar a maioridade, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo reformou a pena e o colocou em semiliberdade seis meses depois da morte do empresário. “Foi assim, livre nos finais de semana, que ele começou a fazer amizade com Igor, que se apaixonou por ele e até ameaçava deixar a casa dos avós porque os idosos são evangélicos e não aceitavam sua homossexualidade”, contou o delegado.
Para o delegado, a morte de Igor poderia ter sido evitada se a Justiça não aliviasse a pena do adolescente acusado de ter cometido o crime. Ele deveria sair da prisão ao completar a maioridade, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo reformou a pena e o colocou em semiliberdade seis meses depois da morte do empresário. “Foi assim, livre nos finais de semana, que ele começou a fazer amizade com Igor, que se apaixonou por ele e até ameaçava deixar a casa dos avós porque os idosos são evangélicos e não aceitavam sua homossexualidade”, contou o delegado.
No dia 27 de março, o Juizado de Menores de Marília,
onde o adolescente cumpria pena, extinguiu a semiliberdade e o colocou
de vez em liberdade. “Dois dias depois de ser colocado em liberdade e
pouco mais de um ano depois de matar o empresário, ele matou Igor”,
afirmou o delegado. Para Biazon, as atuais leis o impedem agora de
localizar o jovem, que pode se transformar em um assassino em série.
“Ele vai completar 18 anos em agosto próximo, mas não posso nem usar uma
foto para localizá-lo”, diz o delegado.
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