domingo, 3 de abril de 2016

MP-SP investiga apartamentos da OAS para onze pessoas ligadas a Lula

O Ministério Público de São Paulo quer saber por que onze pessoas ligadas ao ex-presidente Lula receberam apartamentos da OAS nos mesmos moldes do tríplex do Guarujá. Reportagem da revista Veja dessa semana aponta que o caso é investigado pelos promotores Cássio Conserino e Ricardo Blat, os mesmos que pediram a prisão do e­­x-presidente Lula por ameaça à ordem pública e risco de evasão. 

Encabeçada por Rosemary Noronha, amiga íntima de Lula e ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, essa turma tem em comum mais do que a proximidade com o nome mais ilustre do PT.

Ex-cotistas da falida Bancoop, todos foram contemplados com imóveis cuja construção a OAS assumiu, da mesma forma que ocorreu com o notório tríplex do Guarujá, que Lula afirma não ser dele. Tal como no caso do tríplex reformado e mobiliado para a família Lula da Silva, os apartamentos dos onze petistas, embora entregues há pelo menos dois anos, continuam em nome da empreiteira.

Além de Rosemary Noronha, estão na lista do MP: a filha de Rosemary, Mirelle Noronha; o presidente da CUT, Vagner Freitas; o ex-ministro da Previdência Social, Carlos Gabas; o ex-tesoureiro do PT e ex-presidente do Bancoop, João Vaccari Neto; o ex-guarda-costas de Lula, Freud Godoy; José Carlos Espinoza e Rogério Aurélio, ambos ex-seguranças de Lula; Marice Correa de Lima, cunhada de Vaccari; Ana Maria Érnica, ex-diretora do Bancoop; e o ex-diretor da CUT, Osvaldo Bargas.

Segundo a revista semanal, cada um deles recebeu da OAS um apartamento avaliado entre R$ 600 mil e R$ 1,5 milhão. O MP teria já descoberto que nenhum deles possuem documentos de propriedade dos imóveis, embora sejam os reais proprietários. 

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