quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Quadrilha de travestis conseguia fotos íntimas para extorquir clientes

A organização criminosa liderada por cafetinas desarticulada pela Polícia Civil do Distrito Federal na terça-feira (26/9) também atuava na internet, extorquindo vítimas. Clientes que tinham feito programa com as travestis eram coagidos, ameaçados e obrigados a fazer depósitos bancários nas contas dos criminosos que integravam o esquema.

Após surgirem as primeiras vítimas, a ação começou a ser investigada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin).

As vítimas da quadrilha eram escolhidas em aplicativos de paquera, a maioria destinada ao público homossexual. Travestis se faziam passar, muitas vezes, por homens ávidos por sexo. Depois do primeiro contato, as conversas se intensificavam por meio do aplicativo WhatsApp. Após a troca de mensagens, fotos íntimas e confidências sexuais, começavam as ameaças e extorsões.
A reportagem conversou com uma das vítimas do bando. Pedro* tem 28 anos e mora em são Paulo. Ele contou que foi extorquido por uma travesti famosa na região de Taguatinga Sul: Bruno Monteiro Rodrigues, 26, conhecida como Bruna Morango (foto), que foi assassinada com quatro tiros à queima-roupa em 8 de setembro. O namorado da travesti também foi atingido pelos disparos e até hoje está internado no Hospital de Base.

O caso, noticiado pelo Metrópoles no último dia 17, tem como pano de fundo a disputa por pontos de prostituição envolvendo garotas de programas e travestis no setor industrial de Taguatinga Sul.

Nenhum comentário: