Assim que foi publicado, na última quinta-feira, no Blog Panorama Esportivo, do Jornal O Globo, que o Flamengo deveria cancelar o plano de sócios corporativo, que beneficia as torcidas organizadas, integrantes das facções se mobilizaram para cobrar de dirigentes que mantivessem a venda especial. Neste domingo, com a confirmação do clube de que não vai manter o modelo do plano, a expectativa é por novos protestos na Gávea em 2018.
É na sede do clube que os torcedores de organizadas costumam se reunir para combinar sobre a compra de bilhetes para os próximos jogos. Com o fim da temporada, a movimentação deve diminuir, o que favorece para a tomada de decisão. Nesta segunda-feira, no entanto, o Conselho Diretor do clube se reúne e deve ouvir cobranças. No entanto, a diretoria se mantém firme de que não vai voltar atrás.
A decisão de cancelar o sócio corporativo se baseou no fato de que os episódios de violência recentes no Maracanã, com invasões na Copa do Brasil e Copa Sul-Americana, foram protagonizados e organizados em sua maioroia por facções de torcidas. Por isso, o Flamengo alegou que os grupos infringiram os temos acordados em contrato do plano de sócio-torcedor.
Em nota, o clube explicou os motivos e disse que não faz qualquer doação de ingressos.
- O Flamengo, como clube mais popular do Brasil, segue trabalhando para que esses incidentes não se repitam. Muito embora parte dos transtornos tenha sido causada por torcedores sem ingressos, o Clube optou por encerrar o plano de sócio-torcedor corporativo, por entender que as organizações filiadas infringiram o Termo de Ajustamento de Conduta do Ministério Público e os Termos de Serviço do contrato com o Clube. Vale ressaltar que os ingressos referentes ao plano jamais foram doados e sempre foram vendidos com os preços divulgados em nossos canais oficiais. Em relação às supostas atividades criminosas de algumas dessas organizações, o Flamengo está à inteira disposição do poder público para auxiliar no esclarecimento das mesmas.
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