Pelo menos 660 cadeiras do Maracanã foram danificadas no jogo entre Flamengo e Independiente, da Argentina, na decisão da Copa Sul-Americana, há duas semanas, quando pelo menos oito mil pessoas sem ingressos invadiram o estádio, causando confusão e pânico. A concessionária Maracanã S.A. ainda não acabou de contabilizar os estragos, mas já sabe que o Flamengo, mandante daquele jogo — que terminou com o empate em 1 a 1, o que deu o título ao time argentino — terá que pagar R$ 300 mil pelas 660 cadeiras quebradas aferidas inicialmente. O clube já entregou sua defesa à Conmebol, e agora aguarda uma possível punição da confederação sul-americana pelos atos de violência de 13 de dezembro.
Ontem, com o Jogo das Estrelas, promovido anualmente, por Zico, o Maracanã abriu as portas pelas primeira vez desde aquela noite traumática, em um clima totalmente diferente: muitas crianças, turistas, torcedores de diferentes times do Rio andando lado a lado e muita paz. Para o jogo beneficente organizado pelo ídolo rubro-negro, apenas 30 policiais faziam a segurança do Maracanã, ou seja, nem 10% dos que estavam lá no jogo entre Flamengo e Independiente.
Família alvinegra presente
— Sou botafoguense e resolvi trazer meu filho de quatro meses para conhecer o Maracanã — disse Luciano Monção, com o pequeno Benício no colo e Bernardo, de cinco anos, ao lado, todos com a camisa do Botafogo. — É a única chance de ele vir. Não trago em clássicos. Escolhemos este jogo pelo clima de paz e tranquilidade.
Nem todas as cadeiras foram repostas, alguns corrimãos ainda estavam soltos e vários bebedouros não funcionavam. Em seu último jogo no ano, o Maracanã, danificado, teve clima de paz absoluta.
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