O escrivão da Polícia Civil Weider Chamos de Arruda, preso pelo assassinato da adolescente Rurye Perossi Youssef, de 16 anos, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, foi solto por determinação da Justiça. Weider passou 34 dias na prisão pelo homicídio que ocorreu em setembro de 2016.
A decisão pela liberdade do policial foi dada no dia 29 de junho deste ano pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva, da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). A prisão dele ocorreu no dia 26 de maio e, na ocasião, um primo dele também foi detido.
Ao conceder a liberdade ao policial e determinar a expedição do alvará de soltura, o desembargador determinou que fossem fixadas medidas cautelares "menos severas que o cárcere", a fim de garantir o andamento processual.
O desembargador determinou, ainda, a remessa dos autos à Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) para emitir parecer sobre suposto constrangimento ilegal sofrido pelo policial no momento da prisão.
A decisão pela soltura do policial foi criticada pela mãe da adolescente, a médica veterinária Cristiane Perossi, em postagem feita nas redes sociais.
"A alegação para tal habeas corpus é que já faz muito tempo que aconteceu o crime. Entendi com essa decisão do desembargador que se qualquer cidadão que cometer um assassinato e não for preso no prazo de 1 ano e meio, estará perdoado, livre", publicou.
Cristiane já tinha usado as redes sociais para denunciar o envolvimento do policial no crime, em janeiro deste ano, afirmando ter acesso ao inquérito através do advogado dela.
O inquérito sobre o assassinato de Rurye foi conduzido pelo delegado Carlos Eduardo Muniz, encerrado em março de 2017 e enviado para a Diretoria da Polícia Civil. As investigações e oitivas referentes ao caso, junto à Corregedoria-Geral da Polícia Civil, seguiram em sigilo, bem como o processo na Justiça.
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