O ministro Dias Toffoli, que assumirá a presidência de um STF (Supremo Tribunal Federal) conflagrado a partir de setembro, diz saber que não raro terá que se posicionar contra as suas próprias convicções no exercício do cargo. A informação é da colunista Mônica Bergamo, da Folha.
De acordo com a colunista, A posse de Toffoli está cercada de expectativas. Ele diz que assumirá com o espírito do “presidente que vai dialogar e que saberá compor as divergências”. “A presidência do STF muitas vezes leva quem a está exercendo a votar contra seu próprio convencimento em defesa da instituição”, afirmou ele à coluna, numa rara declaração sobre sua futura gestão.
Ainda conforme a publicação, o magistrado evita falar de casos concretos. Mas já deixou claro a colegas do Supremo, por exemplo, que não pautará as ações que questionam a prisão de condenado em segunda instância antes do segundo turno das eleições presidenciais —mesmo sendo favorável à revisão do tema.
Lula e o PT tinham a expectativa de que o STF poderia rever a prisão de segundo grau antes das eleições, o que daria ao ex-presidente a liberdade e a possibilidade de participar das eleições pelo menos como cabo eleitoral.
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