sábado, 26 de setembro de 2009
Desculpas não curam minha dor, diz garoto baleado em jogo
Baleado com um tiro de borracha depois do jogo entre Cruzeiro e Palmeiras, em Belo Horizonte (MG), o estudante Douglas Henrique Marinho de Oliveira, 13 anos, recebeu alta do hospital no final da tarde desta sexta-feira. Em entrevista ao Terra, ele resumiu em uma frase o seu sentimento após o incidente, que o deixou cego de um olho. "Estou triste e com muita raiva", disse.
O garoto ficou internado durante dois dias no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na capital mineira, depois de ter sido atingido pelo tiro no olho direito, na noite da última quarta-feira. Segundo o hospital, Douglas perdeu a visão porque globo ocular ficou destruído e teve de ser retirado.
O disparo teria sido efetuado por um policial militar que tentava controlar uma confusão envolvendo torcedores cruzeirenses e palmeirenses que deixavam o Mineirão. Era a primeira vez que o estudante assistia a uma partida de futebol no estádio, acompanhado pelo padrasto, Vilmar Antônio dos Santos, que foi atingido com um tiro de bala de borracha na barriga.
PM responde inquérito interno
O policial que teria efetuado o disparo foi identificado e encaminhado para trabalho administrativo em um quartel. A arma que ele utilizava foi recolhida para perícia. O militar vai responder a um inquérito interno, de acordo com a PM.
O comandante do Policiamento de Eventos da Polícia Militar, coronel Sandro Teatini, explicou que os policiais tentavam controlar um confronto entre torcidas organizadas e que as vítimas, padrasto e enteado, estavam na linha de tiro. "Para dispersar esse grupo que atirava pedras foram utilizados equipamentos previstos para o processo de dispersão. Neste momento, apareceu o senhor gritando dizendo havia uma criança ferida. Imediatamente foi providenciado o socorro", afirmou.
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