
Em discurso durante a sessão especial do Senado em homenagem ao Dia Internacional da Democracia nesta terça-feira (15), o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), fez uma análise dos avanços tecnológicos dos meios de comunicação e criticou a mídia. Para Sarney, ela 'passou a ser inimiga das instituições representativas', já que o modelo atual de parlamento está sujeito 'a muitas críticas' decorrentes dos avanços tecnológicos que fortaleceram os meios de comunicação.
'A tecnologia, hoje, levou os instrumentos de comunicação a tal nível que, a grande discussão que se trava é justamente esta: quem representa o povo? Diz a mídia: somos nós, e dizemos nós representantes do povo: somos nós. É dessa contradição que existe hoje, um contra o outro, que, de certo modo, a mídia passou a ser uma inimiga das instituições representativas', analisou Sarney.
Para Sarney, diferentemente dos poderes Executivo e Judiciário, o Legislativo está mais exposto a polêmicas porque no parlamento 'as decisões são tomadas às claras.' 'No nosso modelo de Estado, a grande diferença entre os três poderes é que, enquanto os poderes Executivo e Judiciário tomam decisões solitárias, o Legislativo o faz às claras', disse.
Ainda de acordo com o presidente do Senado, o Congresso é alvo de críticas porque discute e toma decisões com 'a nação assistindo'. 'Somos sujeitos a essa crítica diária, porque nós tomamos as decisões todas aqui, à luz do dia. Quer dizer, ela começa e termina com a nação assistindo e, então, isso serve de uma crítica permanente', avalia Sarney.
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