quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Saúde dá prazo de dez dias para Prefeitura se defender


O relatório de 18 páginas elaborado pelo Conselho Municipal de Saúde contendo fortes indícios de irregularidades na gestão de recursos do SUS na Prefeitura de Ilhéus pode ser rasgado e jogado no lixo. Deixou de ter qualquer valor jurídico depois que o próprio conselho decidiu por 10 votos a sete, anular a aprovação do documento, ocorrida no início do mês, sob a alegação de que a atual secretária municipal de Saúde, Marleide Figueiredo, não teve direito à defesa.

O relatório denunciava, dentre outras coisas, gastos de quase meio milhão de reais com passagens de ônibus para Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e a assinatura de contrato de aluguéis de imóveis completamente em ruínas e sem uso, com recursos públicos. O pior ainda é que, ontem, conselheiros chegaram a culpar a imprensa pela divulgação das denúncias contidas no documento. "Em alguns momentos a imprensa externa chegou a ser sensacionalista", afirmou um dos conselheiros. Vereadores governistas também criticaram o trabalho da imprensa.

O Conselho acusa a Prefeitura de Ilhéus de assinar contratos e efetuar pagamentos sem a sua devida autorização, conforme prevê a lei. Segundo Jorge Luiz Santos também foram várias as tentativas de acesso às documentações da secretaria. Ação sempre dificultada pela secretária Marleide Figueiredo. O relatório produzido pelo conselho também aponta para vários indícios de irregularidades na prestação de contas da saúde como, por exemplo, pagamento suspeito, em grande quantidade, de exames.

(Jornal da Bahia On-Line)

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