
Que as populações mais pobres são as mais vulneráveis às mudanças climáticas e com menores condições econômicas e tecnológicas de se adaptar a elas, já se sabe.
Mas neste link é possível visualizar essa vulnerabilidade em cores, por meio de mapas que cruzam quatro elementos: locais menos resilientes aos fenômenos climáticos, a projeção de produção agrícola até 2020, a escassez de água ou estresse hídrico dos países em 2005, e a taxa de crescimento populacional.
Os dados foram publicados pela organização norte-americana Population Action International, que chamou essas áreas mais expostas de hotspots (ou "pontos quentes").
Em média, os países africanos reúnem o que se pode chamar de pior dos mundos, seguidos por alguns asiáticos e outros das Américas Central e do Sul.
Foram identificados 33 países hotspots, com taxa de crescimento populacional projetada em 2,5% por ano. O documento ainda alerta: se mantido esse ritmo, essas nações vão dobrar a população em 28 anos. E destes 33, nove já sofrem de estresse hídrico.
Curiosamente, o Brasil aparece nos mapas como se passasse incólume aos efeitos do aquecimento global, quando na verdade algumas de suas regiões já são e serão especialmente afetadas, como a Nordeste e a Sul, com secas severas e queda de produção agrícola - é que o estudo levou em conta países e não regiões.
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