quarta-feira, 29 de junho de 2011

No Paraguai, Dilma pede maior proteção comercial para Mercosul


A presidente Dilma Rousseff declarou nesta quarta-feira que é urgente encerrar as negociações do Mercosul com a União Europeia (UE), embora também tenha destacado que o bloco sul-americano deve intensificar a relação Sul-Sul. Em seu discurso na 41ª Cúpula do Mercosul, realizado nos arredores de Assunção, a governante destacou o bom momento das economias dos países que integram o grupo. Após prever um futuro positivo para o Mercosul e toda região, a presidente também retomou as conquistas do bloco no comércio, destacando que, em seus 20 anos de existência, o valor registrado em trocas comerciais passou de US$ 5 bilhões para US$ 45 bilhões no ano passado, apesar de ser ainda uma união aduaneira imperfeita.

A presidente propôs ao Mercosul o aumento da proteção comercial contra o aumento de importações, numa tentativa de conter a entrada de produtos baratos da Europa, Ásia e Estados Unidos em uma região de rápida expansão. A proposta, levada pelo Brasil à Comissão de Comércio do bloco que também é formado por Argentina, Paraguai e Uruguai, será discutidada nas próximas semanas e permitirá que cada país eleve individualmente suas tributos de importação de bens não pertencentes à zona, de acordo com uma autoridade do governo brasileiro.

"Nós, países do Mercosul, devemos estar bem atentos ao que se passa no mundo. Neste momento de excepcional crescimento da região, identificamos que alguns paerceiros de fora buscam vender-nos produtos que não encontram mercado no mundo rico", disse Dilma, em sua primeira participação numa cúpula do Mercosul desde que tomou posse em janeiro. Chanceleres e ministros de Comércio e Economia do bloco, reunidos perto de Assunção desde terça-feira, expressaram preocupação pela perda de competitividade da economia regional por uma apreciação de suas moedas, o que estimula as importações.

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