Na rua onde morava a juíza Patrícia Acioli, em Piratininga, região oceânica de Niterói (RJ), testemunhas detalham o roteiro da noite de quarta-feira, em que a magistrada foi executada com 21 tiros. O crime teria sido cometido por dois homens em uma única moto. As testemunhas contam que eles não tiveram pressa para deixar o local.
De acordo com relatos, a dupla utilizava roupas escuras, capacete e uma moto Twister preta. Eles teriam se escondido atrás de uma Kombi abandonada próximo à casa de Patrícia para surpreendê-la quando chegasse em casa. Após os disparos, o criminoso mais alto e forte teria subido na moto para manobrar, enquanto o outro, voltado para efetuar mais dois tiros.
"Eles não saíram correndo. Logo depois chegou o filho dela, que viu a moto saindo. Na hora tinha um carro passando, e as pessoas acharam que tivesse relação", conta uma testemunha. "Já conversei com pelo menos três pessoas, e todos contam a mesma história."
Segundo o jornalista Humberto Nascimento, primo de Patrícia, a família suspeita que o crime tenha sido cometido por pessoas que ainda seriam julgadas pela magistrada. Apesar dos relatos, as informações oficiais sobre o crime continuam desencontradas. Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, o desembargador Nelson Calandra chegou a afirmar que 12 pessoas estariam envolvidas no assassinato. Depois, explicou que era apenas uma suposição. "Esse é o número que eu ouvi falar. Mas o que sabemos é que foram pelo menos duas pessoas."
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