sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Bahia registra pela primeira vez casos do tipo mais grave da tuberculose


Seis pessoas na Bahia foram diagnosticadas com Tuberculose Extensivamente Resistente (TB-XDR), o tipo mais grave da doença. De acordo com a Secretaria de Saúde do estado (Sesab), cinco dos pacientes são de Salvador e um da região norte da Bahia. Um deles morreu. Por questões de sigilo, a Sesab não informou o perfil dos portadores do bacilo. É a primeira vez que esse tipo da doença é registrado no estado.

“A tuberculose normal já é preocupante, a XDR é muitíssimo grave. A confirmação dos casos foi feita em 2011 por análise sistemática de todos os pacientes que tinham um quadro de multirresistência (NDR) à tuberculose e não conseguiam se curar. Um deles morreu antes do diagnóstico, quando ainda nem sabíamos da doença”, conta o coordenador do Programa de Controle da Tuberculose do Hospital Estadual Otávio Mangabeira, o médico e professor Jamocyr Marinho. O tratamento para a tuberculose comum dura em média seis meses. De acordo com Marinho, um paciente com multirresistência leva no mínimo dois anos para se curar.

Diagnóstico e Tratamento

O Ministério da Saúde assegura o tratamento das pessoas diagnosticadas com a XDR pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conforme informa a Sesab. Ainda segundo a Secretaria, o diagnóstico da doença está sendo feito por meio de parceria entre o Lacen/Ba, a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz/Bahia) e o Centro de Referência Hélio Fraga, no Rio de Janeiro.

Composto por representantes da Vigilância Epidemiológica, Hospital Especializado Octávio Mangabeira, Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Associação Damien do Brasil e Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, o Grupo de Trabalho da Tuberculose Multidroga Resistente (TBMDR) da Sesab promove reuniões regulares para acompanhar e estabelecer um protocolo estadual de monitoramento da doença.

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