O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, defendeu nesta terça-feira a decisão de ajudar a estabilizar os títulos de Espanha e Itália, mas indicou que o BCE não se vê como bombeiro que ajudará a zona do euro por muito tempo. "É a pior crise desde a Segunda Guerra Mundial e que poderia ter sido a pior desde a Primeira Guerra Mundial, se os líderes não tivessem tomado as decisões importantes", disse o presidente da instituição em entrevista à rádio francesa Europe.
Trichet não confirmou que o BCE está comprando títulos da Itália e Espanha. No entanto, os mercados nesta terça-feira, mais uma vez, mostraram claramente que o BCE estava comprando as dívidas da terceira e quarta maiores economias da zona do euro. O rendimento, ou taxa de juros, da dívida espanhola a 10 anos caiu para menos de 5%, depois de se aproximar de 6,5% há apenas uma semana. O rendimento equivalente italiano foi de 5,1%, também mais do que 1 ponto percentual abaixo de onde ficou na segunda-feira antes da intervenção do BCE.
O chefe do BCE também indicou que o banco ainda vê a principal responsabilidade do combate à crise da dívida com os governos da zona do euro e não o banco central. "Eu não vou dizer" quanto tempo o BCE vai comprar títulos no mercado secundário, disse Trichet. "O que esperamos é que os governos façam o que nós consideramos ser o seu trabalho", acrescentou.
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