Um grupo formado por estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) causou revolta ao entoar uma música de apologia ao estupro em um bar de Belo Horizonte na noite do último sábado (20). "Não é estupro, é sexo surpresa", diz um dos versos da música cantada por aproximadamente 40 pessoas na ocasião.
O grupo trajava o uniforme da Bateria Engrenada, uma charanga da Escola de Engenharia da UFMG. A reitoria da universidade condenou o episódio, mas não definiu se abrirá uma investigação sobre o caso. A situação foi exposta pela estudante de Direito Luísa Turbino no Facebook. "Mais triste ainda foi ver mulheres envolvidas na cantoria. E mais triste ainda perceber que ninguém mais se sentiu incomodado", escreveu ao cobrar um posicionamento da instituição sobre o caso.
A Bateria Engrenada foi criada em fevereiro de 2013 para apoiar os times esportivos da Escola de Engenharia e hoje conta com cerca de 100 integrantes. No sábado, eles haviam se apresentado momentos antes do episódio. De acordo com o capitão da bateria, Bruno Saúde, a música não faz parte do repertório do grupo e, por não haver restrição na confecção das camisas, nem todos os presentes na ocasião eram alunos.
Outros casos
Em março do ano passado, um trote realizado por alunos da Faculdade de Direito da mesma universidade gerou grande repercussão nas redes sociais. Uma das calouras foi pintada de preto, acorrentada por um veterano e segurava no pescoço uma placa com os dizeres "Caloura Chica da Silva".
Em maio, a UFMG proibiu qualquer manifestação que incite agressões físicas, psicológicas ou morais. Logo depois, expulsou o estudante Gabriel de Vasconcelos Spínola Batista, além de suspender por um semestre os alunos Gabriel Augusto Moreira Martins, Gabriel Mendes Fajardo e Giordano Caetano da Silva pelo envolvimento do trote de março.
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