segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Mulher sai para fazer aborto e é encontrada morta no Rio de Janeiro

Uma mulher foi encontrada morta na noite do domingo em Niterói, no Rio de Janeiro. Segundo familiares, Elizângela Barbosa, 32 anos, saiu de casa no sábado de manhã para fazer um aborto e não voltou mais. O caso é parecido com o de Jandira Magdalena dos Santos Cruz, 27 anos, que desapareceu quando foi fazer um aborto em Campo Grande, zona oeste do Rio.

Segundo o Extra, Elizângela tinha três filhos e não queria ter um quarto. Ela estava grávida de cinco meses. "O maior desejo dela era ter independência financeira para cuidar dos filhos. Isso, inclusive, era motivo de discussões entre nós. Havia oportunidades, mas ela sabia que não seria contratada grávida. Eu era contra o aborto, argumentava que era possível sustentar mais um filho. Só que ela já estava decidida", disse ao Extra o marido de Elizângela, Anderson Santos da Silva, 27 anos.

Elizângela pagou R$ 2.800 para fazer o aborto no bairro de Sapê. O marido levou a mulher, com os filhos, até o ponto de encontro com um homem que a levaria até o local de fazer a intervenção. Foi a última vez que a família viu Elizângela. "Quando retornamos para casa, nossos filhos ainda perguntaram: “Será que a mamãe vai voltar?", conta Anderson.

O marido recebeu ainda uma ligação de Elizângela duas horas depois dizendo que precisava de mais R$ 700 para fazer o aborto. Depois, todos os contatos foram por SMS. No final da tarde de domingo, depois de adiar a volta para casa, afirmou que já tinha feito o procedimento e voltaria para casa, pedindo para o marido ir buscá-la. Ela, no entanto, não apareceu mais e o marido não conseguiu ligar para ela.

Elizângela chegou já sem vida à emergência do Hospital Azevedo Lima, por volta das 23h de domingo. Um dos irmãos recebeu uma ligação para ir até lá e reconheceu o corpo de Elizângela.

"Provavelmente ela teve alguma complicação durante o procedimento, não resistiu e morreu. Ainda não sabemos exatamente em que parte do corpo estava o tubo (encontrado com a vítima), mas ele pode ter provocado uma hemorragia na vítima", disse o delegado Adilson Palácios, responsável pelas investigações. A polícia afirmou já ter pistas dos envolvidos.

O homem que socorreu Elizângela até o hospital disse à polícia que foi obrigado por homens armados que o pararam na estrada a levar o corpo para o hospital.

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