As alunas do curso de Serviço Social da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) promoveram uma reunião inusitada para recepcionar as calouras da instituição nesta quarta-feira (17). A "Oficina de Siririca - roda de conversa sobre masturbação das mina" foi realizada no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, no Campus Mariana.
Além da masturbação, outros temas como feminismo e raça fizeram parte da programação da Calourada Vermelha, que terá encerramento nesta sexta-feira (18). O evento, que foi criado para debater o assunto, gerou polêmica dentro e fora da instituição. Segundo o jornal Extra, não houve aula prática coletiva. No local também foi transmitido o documentário “Clítoris Prazer Proibido”.
Segundo uma das alunas, Gabriela Pereira, de 25 anos, o objetivo era promover uma conversa em que as meninas falariam sobre suas experiências com seus próprios corpos. O cartaz do evento chamou a atenção e foi alvo de críticas e piadas nas redes sociais.
"É uma roda de conversa, para falar sobre masturbação, prática, como a gente começou, como é para cada uma, um espaço para gente conversar. Quem quiser dicas, pode dividir, quem não quiser não precisa. Realmente, é um tabu, ninguém conversa. [...] Como que em pleno século 21 anos tem uma galera que não consegue se tocar?", explicou Gabriela, em entrevista ao Extra.
A instituição
Ao Uol, a assessoria de imprensa negou que a oficina tenha sido um evento para recepcionar os calouros da instituição. Também esclareceu que se tratava ação do Centro Acadêmico (CA). Em nota, a Ufop disse ainda que respeita a diversidade do pensamento e o debate sobre assuntos relacionados à sexualidade dentro da instituição.
Ainda segundo o Uol, os alunos do Centro Acadêmico de Ciências do Estado (Cace) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, também realizaram a oficina de siririca no início do mês como parte das atividades do Congresso de Diversidade Sexual e Gênero.
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