O que era para ser apenas um passeio de famílias de outros Estados
que vieram desfrutar das belezas do Rio Grande do Norte se transformou
em tragédia nesse domingo (12). Em Búzios, um pernambucano morreu
afogado depois de ser levado pela correnteza. Já em Barra de
Maxaranguape, mãe e filha se afogaram depois da embarcação em que elas
estavam virar.
Em Barra de Maxaranguape, mais precisamente em Maracajau, no litoral
Norte, mãe e filha faleceram depois que uma jangada motorizada em que
elas faziam um passeio virou após ser atingida por uma onda. Josie Paiva
de Oliveira Favari, de 31 anos, e Melissa de Oliveira Favari, de apenas
2 anos, ambas naturais de São Paulo, ficaram presas na embarcação. Elas
chegaram a ser resgatadas por outras pessoas, porém Josie morreu ao
entrar na ambulância do Samu. Já a filha faleceu ao chegar no hospital
de Extremoz.
A Polícia Civil e Capitania dos Portos já abriram investigação para
apurar o que aconteceu. Segundo Alexander Neves de Assumpção, capitão
dos portos, a embarcação estava toda regularizada. “A embarcação tem
licença para navegar naquela região. É uma embarcação que cabe 10
passageiros e dois tripulantes e essa era a quantidade de pessoas que
ela estava transportando no momento do acidente. O condutor também
estava com a licença em dia. O que aconteceu foi que a embarcação estava
voltando do passeio e foi atingida por uma onda. Mãe e filha acabaram
ficando presas e morreram afogadas”.
Apesar de inicialmente considerar que as mortes foram uma
“fatalidade”, Alexander Neves afirmou que tudo o que aconteceu será
devidamente investigado. “Por tudo estar regularizado, acreditamos em
fatalidade.
Mas vamos instaurar o inquérito, que tem um prazo de
conclusão de 90 dias. Aí vamos descobrir o que realmente aconteceu e
descobrir se existe algum culpado. Caso exista, vamos enviar o inquérito
para o órgão competente que definirá alguma punição. Além disso, na
tarde de hoje (segunda-feira), vamos nos reunir com a prefeitura de
Maxaranguape e com os órgãos competentes que também participam da
liberação dessas embarcações para discutir algumas coisas e saber se
essa tragédia poderia ter sido evitada de alguma forma”.
O capitão do porto ainda destacou que existe um controle muito rígido
em cima das embarcações que navegam pelo Rio Grande do Norte. “Temos
equipes todos os dias fiscalizando essas embarcações. Somente este ano
já fiscalizamos 3000 embarcações. Dessas, 100 foram autuadas por
apresentarem algum tipo de problema e impedidas de navegar até que esses
problemas fossem resolvidos”
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