A 19ª posição na tabela, a perspectiva ruim após seis jogos seguidos sem vencer no Brasileirão e o salário dos atletas atrasado revelam mais uma crise no Bahia. Como reflexo da má fase, o elenco desembarcou, ontem, em Salvador diante de um protesto feito por cerca de 25 membros da torcida organizada Terror Tricolor.
Com faixas e gritos, o grupo recepcionou os jogadores no aeroporto, mas direcionou os protestos à diretoria do clube, chamada de “incompetente” em uma das faixas. Em outra, lia-se “Vergonha - salários atrasados”.
O líder da torcida organizada, Carlos Ronei, explica o motivo da ida ao aeroporto. “Fomos cobrar atitude, mas dar apoio aos jogadores porque só eles podem tirar o time dessa situação. O alvo principal é a diretoria pela falta de planejamento, pelos salários atrasados. Prometeu mundos e fundos. Disse que, com 30 mil sócios, ia trazer o camisa 10 e não trouxe... O jogador é quem menos tem culpa. Como é que vai cobrar dos caras?”.
A organizada promete manter o tom de protesto no domingo, quando o Bahia enfrentará o Palmeiras, na Fonte Nova. “Vai ter protesto, mas a gente vai apoiar o time, vai até buscar no hotel. Mas naquela situação, né? Sabendo que é quase impossível (evitar o rebaixamento)”, conclui Ronei.
Quase impossível é exagero, mas a situação do Bahia realmente é complicada. A derrota para o Internacional por 2x0, na noite de sábado, deixou o time na vice-lanterna. A sete rodadas do fim da Série A, o tricolor viu os concorrentes abrirem distância e já não tem como sair da zona de rebaixamento na próxima rodada mesmo que vença o Palmeiras domingo, na Fonte Nova.
O Vitória, primeiro time fora da zona, tem 34 pontos, três a mais que o Bahia. O elenco ganhou folga hoje e volta a treinar amanhã. O zagueiro Demerson, suspenso, não enfrentará o Palmeiras.
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