O UFC 179 não foi dos melhores eventos. Nenhum nocaute propriamente dito (dois técnicos apenas) e algumas lutas que não mereciam estar em um card numerado do Ultimate. No duelo brasileiros x estrangeiros, promovido sempre que o UFC desembarca por essas bandas, melhor para os gringos: 6 a 5.
Mas a luta principal fez tudo valer a pena e hipnotizou os 12 mil fãs no Maracanãzinho. Não me lembro de ter visto um disputa por título nos penas (até 66kg) tão emocionante e tensa. Passado o calor da luta, vamos tentar juntar os pontos e reunir cinco motivos que fizeram José Aldo deixar o octógono com a vitória.
1) Metralhadora – Aldo disparou 289 golpes e conectou 122 deles. Seu rival soltou 203 e acertou apenas 85. O campeão do povo deu as cartas e, faminto, relembrou seus tempos de WEC. Quando ele liga a chavinha e entra nesse modo animalesco não há cidadão que o segure.
2) Queixo de aço – O brasileiro trocou socos e chutes com um adversário extremamente perigoso em pé. Aldo bateu muito em Chad Mendes, mas também precisou absorver golpes duros. Ele teve o queixo testado e não sucumbiu. Saiu com o título, mas as marcas da batalha ficaram em seu rosto.
3) Defesa de queda – Colocar José Aldo de costas para o chão é tarefa ingrata. Dessa vez não foi diferente. Mendes, um dos maiores wrestlers do UFC na atualidade, tentou algumas quedas, mas o espoleta brasileiro batia e voltava.
4) Resistência – As últimas sete lutas do brasileiro foram até cinco rounds. O campeão está mais que acostumado e treinado a enfrentar pelejas de 25 minutos. Mendes, por outro lado, lutou pelo menos até o terceiro assalto em suas últimas cinco lutas. Esses 10 minutinho a mais de combate podem não parecer muita coisa, mas é ali que pode-se liquidar a fatura.
5) Fator casa – Lutar em casa sempre tem um efeito positivo quando se trata de Aldo. Campeão do povo, o talento da Nova União gosta do contato com a torcida e não sente a pressão. Nas duas últimas vezes que lutou no Rio, nocauteou o próprio Mendes e socou Chan Sung Jung até a interrupção do árbitro.
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