A presidente Dilma Rousseff (PT), reeleita neste domingo (26) para mais um mandato de quatro anos, afirmou em seu discurso logo após a oficialização do resultado que seu primeiro compromisso no novo governo seria promover o diálogo. A discussão, no entanto, não ficará restrita às decisões governamentais.
Logo depois do pronunciamento da mandatária brasileira, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, pediu uma reflexão sobre o papel da imprensa no país após as eleições deste ano.
Segundo Carvalho, foi “milagre” a petista ganhar a eleição diante do que chamou de "golpes sofridos nos últimos dias". De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o ministro considerou a reportagem da revista Veja, que informa que Lula e Dilma tinham conhecimento dos atos ilícitos na Petrobras, como uma tentativa de "golpe midiático".
"É um milagre da maturidade do povo brasileiro que sabe distinguir aqueles que transmitem a informação e aqueles que plantam e semeiam o ódio que felizmente não prosperou”.
Ao discorrer sobre a cobertura jornalística durante a corrida eleitoral, o ministro afirmou que setores da imprensa atuaram para “plantar o ódio” neste pleito ao transmitir a imagem de que o Partido dos Trabalhadores (PT) "inventou a corrupção".
No entanto, Carvalho não quis detalhar quais as ações podem vir a ser tomadas no segundo governo Dilma em relação aos meios de comunicação.
Em encontro com blogueiros no mês passado, a própria presidente destacou a necessidade de uma regulação econômica da mídia. Para ela, há uma demanda da sociedade para a regulação do setor que, “como qualquer outro, tem de ser regulado”.
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