O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou nesta sexta-feira, 24 que o partido entrou com sete medidas judiciais contra a revista Veja. Em edição excepcional desta sexta-feira, uma reportagem da publicação indica que o ex-presidente Lula e a candidata a reeleição, Dilma Rousseff, teriam conhecimento das irregularidades na Petrobras, citando supostos depoimentos do doleiro Alberto Youssef à Justiça.
O petista citou sete ações judiciais movidas pelo partido contra a revista. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi solicitado direito de resposta contra a reportagem considerada “difamatória”. O partido também pediu a proibição da publicidade da revista que, segundo ele, poderia ser considerada “propaganda eleitoral” contra a campanha de Dilma Rousseff. Outra ação movida pelo partido foi um pedido de investigação junto ao Ministério Público Eleitoral (MPE) sobre o “uso dos meios de comunicação com a intenção de prejudicar a candidatura e desequilibrar o pleito”. “Não podemos tolerar tanta tentativa de interferência no processo eleitoral através de matérias mentirosas e caluniosas, sem fontes”, afirmou Falcão.”
O próprio advogado, que participou dos depoimentos, disse não ter ouvido nada semelhante. Não se sustenta, é uma peça para operação casada”, classificou o presidente do partido. “A revista é um panfleto que faz jornalismo de esgoto. Tem uma regra das eleições que diz que quanto mais se aproxima das eleições, menor credibilidade tem as denúncias, por mais que seja veraz.” Além das ações na esfera eleitoral, o partido também solicitou ao procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que abra uma investigação sobre a quebra do sigilo da delação premiada. Em paralelo, um novo pedido de acesso ao conteúdo da delação foi feito Supremo Tribunal Federal (STF).
Além das medidas, o partido também entrou com representação criminal contra o jornalista responsável pela matéria, alegando difamação. Na esfera Cível, o partido propôs uma ação indenizatória “com valor simbólico”, afirmou. O presidente também negou que as ações sejam uma tentativa de censurar a revista ou impedir sua circulação. “Não pedimos a suspensão da circulação. A revista está publicada. Ninguém pretende censurar, somos contra isso”, afirmou. Segundo Falcão, o partido defende a “regulação da mídia para veículos com concessão publica, e as publicações impressas não são”. “Somos a favor de regulamentar a constituição no artigo que diz respeito à comunicação social que diz que 'fica assegurada a mais ampla liberdade de expressão'. E em seguida, diz que fica proibido o monopólio, o que até hoje não teve regulamentação”.
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