Programa Jogo Aberto passa ser "mesa de conciliação"

Parei um pouco para ouvir o programa esportivo Jogo Aberto da Rádio Nacional e, em relação ao episódio em que o jogador Charrier agrediu a árbitra Luciana Santos, fiquei um pouco sem saber qual era a do chefe da equipe, o radialista Manoel Messias.Em certo momento ele chegou a cogitar que a vítima (a árbitra) estaria agitada por "pressão" da AAFI e estaria sendo "influenciada por alguém".

Tanto Menoel Messias e J. Hage, fizeram de tudo para desestimular Luciana a dar continuidade a ação judicial contra o agressor. E onde fica o direito da vítima em querer representar contra o agressor? J. Hage chegou a dizer que Luciana só estava com uma marca na perna mas sua vida havia sido preservada. Ora, o que é isso. Quer dizer que as pessoas poderão sair por aí agredindo as pessoas e, só porque as suas vítimas ficarão com simples marcas as vítimas perderão o direito de tomarem medidas punitivas? Em outro momento, os dois radialistas chegaram a indagar da árbitra sobre qual seria o seu ganho em dar prosseguimento na ação judicial, como se as agressões sofridas por Luciana fossem uma bobagem. Estão querendo colocar "panos quentes".

Acredito que as coisas irão se resolver da melhor forma possível. Agora, a punição deve existir para que sirva de exemplo, ainda mais numa competição como esta em que as pessoas ficam expostas demais e propensas a esse tipo de situação. O pedido de perdão, sugerido pelos radialista não anula o direito da vítima em mover ação contra uma agressão injusta.

Tanto a Associação dos Árbitros de Futebol de Itabuna (AAFI), quanto a LIF e a Secretaria de Esportes (Serc), bem como todos os árbitros estão solidários com Luciana e estão apoiando as medidas tomadas por ela contra a atitude impensada e irresponsável de Charrier.

(DO BLOG NOTÍCIAS GRAPIÚNAS/FRANCISCO ALELUIA)