quinta-feira, 1 de julho de 2010

Fifa faz campanha "não ao racismo" nos duelos de quartas de final


Nos próximos dois dias, antes do início das partidas pelas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul, os capitães de cada equipe remanescente no torneio lerão uma mensagem condenando qualquer forma de discriminação. De acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira pela entidade, ainda como parte do protocolo antes de cada um dos quatro jogos dessa fase do Mundial, os times se juntarão e, ao lado de árbitro e auxiliares do confronto, segurarão uma faixa com a mensagem "diga não ao racismo".

A Fifa organiza atos antidiscriminatórios em uma, entre as competições que organiza anualmente, desde 2001 - quando uma declaração de combate ao racismo foi assinada durante congresso da entidade, em Buenos Aires.

"Faz parte de nossa responsabilidade comunitária utilizar competidores para elevar a consciência sobre as questões sociais latentes", disse o presidente da Fifa, Joseph Blatter. "A voz dos jogadores nos auxilia a amplificar essa mensagem e buscar solidariedade, respeito e jogo limpo, que são os valores básicos de nosso esporte."Para o ministro sul-africano da Habitação, Tokyo Sexwale, que também integra o Comitê de Responsabilidade Social da Fifa, o Mundial servirá para consolidar os princípios defendidos pelo ex-presidente Nelson Mandela. "Este torneio aproximou o povo da África do Sul no sentido de consolidar o legado que Nelson Mandela quis criar para este país", afirmou.

"Embora essa iniciativa (da Fifa) não possa resolver, sozinha, o problema, ela transmite uma mensagem clara de tolerância zero a qualquer tipo de discriminação", acrescentou Sexwale.O ex-jogador ganense Anthony Baffoe, segundo atleta do continente a atuar no Campeonato Alemão, destacou que a luta contra o racismo na modalidade tem que ser perene - e toma força com uma ação conjunta.

"Se todos os envolvidos no futebol se juntarem para confrontar e condenar a discriminação, haverá esperança de a erradicarmos de nosso esporte. Houve um tremendo progresso nos últimos anos, mas temos ainda um grande trabalho pela frente", disse o ex-atleta.

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